martins em pauta

sábado, 4 de outubro de 2014

Marina aposta que eleitor vai rejeitar polarização entre PT e PSDB

Sábado 04 de outubro de 2014


Ao Blog, a candidata do PSB, Marina Silva, afirmou que sociedade vai rejeitar a polarização entre o PT e o PSDB. Para garantir sua presença no segundo turno, ela aposta na superação do embate que marcou as eleições presidenciais desde 1994. Ao fazer um balanço dessa campanha, ela não esconde sua decepção com os ataques feitos pelos seus principais adversários. "Nós nunca imaginávamos que o horário oficial eleitoral da política fosse recheado de mentiras", disse Marina. Blog do Camarotti - A senhora teve dificuldade nesta reta final e passou por uma campanha de desconstrução dos adversários. Qual a foi a sua maior dificuldade?

Marina Silva - As pessoas muitas vezes não tem informação correta e isso é um problema. Nós nunca imaginávamos que o horário oficial eleitoral da política fosse recheado de mentiras. Isso é muito ruim para a democracia, portanto, é uma surpresa esse tipo de comportamento que nós estamos vendo. Mas tenho mantido até o fim a estratégia de se comportar de forma afirmativa defendendo as propostas, não respondendo na mesma moeda, fazendo a defesa das ideias com respeito ao adversário e esperando que as pessoas percebam que há um exagero nisso e que realmente façam com que os candidatos retomem o rumo adequado da discussão.

Eu tenho respeito pela profissão das pessoas, mas quando vai para este marketing selvagem que não é mediado pela ética, que não é mediado por valores, que vale tudo para ganhar uma eleição, aí não há argumentos, não existe argumento. E quando se vai para o irracional, que rompe com todos os padrões e todos os valores, só uma coisa pode combater: o discernimento.

Blog – A falta de estrutura e o pouco tempo de televisão foram as suas maiores adversidades?

Marina - A sociedade cansou de votar no que o marqueteiro diz e não no que o presidente construiu com a sociedade, com o grupo daqueles que estão o apoiando. Então eu sinto que, essa escassez de tempo está sendo suprida pelo empenho da sociedade, que é um movimento muito maior que eu, que o PSB, do que os partidos da nossa aliança.

Então eu acho até que o tempo excessivo, se usado incorretamente, cria na sociedade um estranhamento, um fastio. E a sociedade percebe muito a injustiça, nosso povo tem um senso de justiça muito grande. E é da natureza da sociedade se posicionar do lado de quem está sendo injustiçado, não é? Então neste momento eu prefiro ser defendida pelos brasileiros do que pelo marqueteiro. A sociedade sabe que essa polarização, essa guerra que divide o Brasil, isso não vai mais levar a lugar nenhum. E ela está tentando buscar criar um espaço onde seja possível o debate.

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