Para 23% dos entrevistados, a preocupação mais aflitiva é a violência e a falta de segurança. Em seguida, vieram saúde (22,3%), corrupção (13,7%), desemprego (12,4%), educação (8%) e pobreza (6,1%). Essa ordem de importância, no entanto, variou de acordo com a renda. O estudo revelou que entre os mais pobres, saúde e violência continuaram com os mais importantes, e a pobreza teve 7,5% das indicações. Nas faixas mais ricas, no entanto, a mazela mais citada foi a corrupção, e a pobreza teve apenas referências residuais.
O diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, Jorge Abrahão de Castro, acredita que a redução dos níveis de pobreza nos últimos anos contribuiu para a menor percepção dela como problema nacional. "Essa questão perdeu importância relativa em função do aumento do poder aquisitivo do assalariado e dos programas sociais", afirmou.
De acordo com a pesquisa, 41,4% dos brasileiros acreditam que a pobreza diminuiu nos últimos anos, enquanto 29,7% creem que ela aumentou. Para os entrevistados, pode ser considerada pobre uma família com renda familiar per capita inferior a R$ 523, valor próximo ao salário mínimo atual (R$545).
O desemprego foi apontado por 29,4% dos entrevistados como o fator que mais influencia os níveis de pobreza, seguido pelo item educação sem qualidade e falta de acesso ao ensino, com 18,4%. Outras causas muito citadas foram corrupção (16,8%) e má distribuição de renda (12%).
"As razões apontadas pela população indicam que existe a percepção de que o problema da pobreza é estrutural e não uma questão individual. Apenas 2,8% dos entrevistados mostraram acreditar que as pessoas são pobres por preguiça ou comodismo", disse o diretor do Ipea.
Martins em Pauta com informações do Portal terra
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