Terça, 18 de novembro de 2025
A movimentação ocorre após a aprovação da recondução do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que obteve apenas quatro votos acima do mínimo necessário na quarta-feira (12). O resultado foi o mais apertado para um PGR desde a redemocratização, ficando abaixo das projeções do relator da indicação, senador Omar Aziz (PSD-AM).
Pessoas próximas ao advogado-geral da União avaliam que a votação apertada de Gonet evidenciou a estratégia de Alcolumbre para tentar emplacar o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG), considerado o "candidato da Casa", na vaga do STF.
"Nas nossas avaliações internas, o Messias tem voto para ser aprovado. Não vai ser fácil, mas passa", comentou um aliado de Messias.
No atual mandato de Lula, o Senado já barrou uma indicação na área da Justiça. Igor Roque, indicado para a Defensoria Pública da União, foi rejeitado com 35 votos favoráveis contra 38 contrários. Senadores consideraram que Roque assumiu funções prematuramente, concedendo entrevistas e realizando despachos com ministros antes de ter sua indicação confirmada.
A agenda presidencial nas últimas semanas tem sido dominada pela crise de segurança pública no Rio de Janeiro e pelas negociações para a COP30, que será realizada em Belém (PA).
"Se Lula já estivesse tão seguro da aprovação de Messias, já o teria indicado", avalia um senador contrário à indicação, acrescentando: "Hoje, só quem salva Messias é Jesus."
Diferentemente de Igor Roque, Jorge Messias tem adotado postura mais discreta enquanto aguarda a decisão sobre a sucessão do ministro Luís Roberto Barroso no STF.

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