Domingo, 25 de Dezembro de 2022
É claro que a Folha não teve a dignidade de dar o devido crédito ao presidente Bolsonaro, nem a equipe de Paulo Guedes.
Como uma donzela violada, os editorialistas reclamam do equivoco de Lula em ver o estado como motor da economia e eles também sugerem (por favor, não riam):
“Uma intervenção prudente na despesa pública, limitada ao suficiente para assegurar a assistência social. A responsabilidade fiscal facilitaria a queda da inflação e dos juros (...) crucial para redução da pobreza”.
Caros colegas da Folha, vocês estão malucos? Vocês querem intervenção prudente do cara que chefiou o maior esquema de corrupção dos últimos 100 anos? Uma sucessão de escândalos sem paralelo na história ocidental, que vocês noticiaram à exaustão?
Vejam o que vocês deram de manchete em 30/04/2017:
“Cresce percepção de corrupção no governo Lula, mostra Datafolha”.
E essa, assinada pela Renata LoPrete em 06/06/2005:
“Jefferson denuncia mesada paga pelo tesoureiro do PT.”
Vocês foram testemunhas privilegiadas do assalto cometido aos cofres públicos, vocês denunciaram em fartas manchetes e agora vêm se dizer surpresos?
Será que o staff da Folha é tão despreparado que não consegue antever o objetivo explícito em aprovar um projeto de lei que muda a Lei das Estatais e libera o ex-ministro Aloizio Mercadante para assumir a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Quais foram os vetores de corrupção no Petrolão? A Petrobras e o BNDES que financiou obras faraônicas no exterior sem que houvesse nenhuma fiscalização e com o previsível calote de bilhões de reais.
A indicação de Aloísio Mercadante é para reativar essas engrenagens que sangram o erário brasileiro.
Não é sem razão que a presidente de Honduras, Xiomara Castro, já anunciou que virá ao Brasil tomar dinheiro emprestado.
E a Secretária de Energia argentina, Flavia Royón, já anunciou que conseguirá U$ 689 milhões (quase 3 bilhões de reais) do BNDES para financiar gasoduto em seu país. Vocês acham que o companheiro Mercadante será alçado à presidência do banco estatal para dizer não?
Lula e o PT globalizaram a corrupção brasileira como se pode ver nesse trecho escrito por Felipe Bachtold e Gustavo Quierolo em 17/03/2017, na própria Folha de São Paulo:
“Lava Jato completa três anos com frentes dentro e fora do Brasil. A Operação Lava Jato, deflagrada em 17 de março de 2014, chega a seu terceiro aniversário com múltiplas frentes dentro e fora do Brasil que rivalizam em importância com Curitiba, onde a investigação nasceu”.
O mecanismo de corrupção criado pelo PT atingiu absurdos 49 países: Argentina, Angola, Colômbia, Equador, Guatemala, México, Moçambique, Peru, Venezuela, Republica Dominicana etc.
O G1, outro parceiro da Folha no ‘consórcio de imprensa’, em setembro de 2017 chegou a fazer uma Mapa-múndi da corrupção petista.
Ao final do seu editorial-mea-culpa a Folha diz com rara sinceridade: A chamada frente ampla, que ajudou Lula chegar ao poder, deve encarar a realidade: Lula começa repetindo os erros de Dilma Roussef.
Entretanto, caros amigos da Folha, um simples editorial não basta para aliviá-los de sua responsabilidade. Porque vocês não foram apenas coniventes, vocês foram cúmplices!
Eduardo Negrão
Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.
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