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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Brasil tem todos os instrumentos necessários para sair da crise, diz Barbosa

Quarta, 30 de Setembro de 2015 

por Lorenna Rodrigues e Bernardo Caram | Estadão Conteúdo
Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, declarou nesta terça-feira (29) a deputados e senadores que o Brasil tem todos os instrumentos necessários para sair da crise, mas cabe ao governo e à classe política decidir o que será feito, e em que velocidade. Em audiência na Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional, ele destacou que a maior parte das ações do pacote apresentado pelo governo no início do mês dependem de aprovação de leis para saírem do papel. "O desafio para o Executivo e a classe política é construir essa travessia, que envolve escolhas difíceis. Não vamos deixar de fazer o necessário porque é difícil", afirmou. De acordo com o ministro, o Brasil passa por um processo de lidar com problemas de curto prazo e, ao mesmo tempo, tem que construir as bases para o crescimento. Na avaliação do ministro, esse processo começou com a revisão de subsídios e realinhamento de preços feito no início do ano pela atual equipe econômica. Ele destacou que o realinhamento de preços gera aumento de inflação, que classificou como temporário. "A alta de juros é o remédio necessário para evitar alta permanente da inflação", completou. O ministro ressaltou que o dólar valorizado tem efeito positivo sobre alguns aspectos, como o aumento do saldo comercial e a redução do déficit em conta corrente. "Devemos ter déficit em conta corrente menor do que o esperado este ano", afirmou. Além disso, ele destacou que a depreciação do real torna investimentos no Brasil mais atraentes para os investidores externos. "A recuperação será puxada pelo investimento, seguida por recuperação do consumo", completou. Barbosa repetiu que é necessário recuperar a capacidade do governo de produzir resultados primários que sejam suficiente para estabilizar a dívida pública brasileira. "Essa é a tarefa que leva mais tempo. O tempo da política fiscal é prolongado, mas a política fiscal é a âncora da estabilidade", concluiu.

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