Um herói Martinense da Pátria na luta contra o nazi-fascismo
MANOEL LINO DE PAIVA nasceu no dia 20 de março de 1921, no sítio Serra Nova, município de Martins, estado do Rio Grande do Norte. Era filho de Pedro Augusto de Paiva e Francisca Elisa da Conceição.
Chamado para servir ao Exército Nacional, Manoel Lino de Paiva viajou para Natal onde no dia 1o de julho de 1943 foi incorporado a 11a Companhia do Regimento de Infantaria.
O Brasil decidira-se por apoiar as nações aliadas na luta contra o nazi-fascismo. Assim, a FEB - Força Expedicionária Brasileira foi enviada ao Teatro de Operações Europeu.
Convocado para participar da guerra, o filho de Martins não se intimidou diante da heróica missão: “Querido papai, lembre-se que seu filho é (um) soldado e é obrigado a cumprir esta sina” e como que antevendo o sacrifício da própria vida completou: “Me entrego a Deus!” (em carta dirigida ao seu Pai).
Assim, no dia 23 de dezembro de 1944, Manoel Lino de Paiva viajou para Recife. No dia 25, a bordo do paquete D. Pedro II seguiu para o Rio de Janeiro aonde desembarcou no Armazém 13 em 4 de janeiro de 1945 seguindo de trem elétrico para a Vila Militar. O embarque para a Itália ocorreu no dia 8 de fevereiro, num navio de transportes americano.
Manoel Lino de Paiva chegou a Nápoles, na Itália, no dia 23 de fevereiro de 1945. Após uma passagem pela cidade de Bagnolli foi para o norte da Itália, chegando à cidade de Livorno no dia 3 de março. Dirigiu-se então para Spezzia, que fica entre a tradicional cidade de Piza e Florença.
No dia 8 de abril de 1945, Manoel Lino de Paiva chegou a Montese, onde a FEB participaria de umas das mais renhidas batalhas durante a sua ação na 2ª guerra mundial.
O herói destemido de Martins encontrou a glória no dia 14 de abril de 1945, na batalha de Montese, quando foi mortalmente atingido pela artilharia inimiga, falecendo no campo de batalha.
Foi sepultado no cemitério militar brasileiro em Pistóia, na quadra B, fileira 12, sepultura 140, lenho provisório.
O herói norte-rio-grandense que combateu o nazismo foi reconhecido pela Pátria e condecorado com a medalha de Campanha e de Cruz de Combate. No Decreto Lei no 6.795, de 17 de agosto de 1944 (regulamentado pelo Decreto no 16.821, de 13 de outubro de 1944), que lhe concedeu essa última condecoração, lê-se: “Por uma ação de feito excepcional na Campanha da Itália”.
Os restos mortais do martinense Manoel Lino de Paiva permaneceram na Itália até 1960, quando o Presidente da República, Juscelino Kubitschek, resolveu transportá-los do cemitério de Pistóia para o monumento da Força Expedicionária Brasileira (FEB), no Rio de Janeiro.
Escorço Biográfico de Manoel Lino de Paiva, por Terezinha de Caldas Alencar Paiva e Ângela Maria Paiva Cruz.
Filhos de Martins na Segunda Guerra Mundial
- Abdon Galdino (Bidão)
- Abdon Neris Galdino (Nair)
- Agostinho Lopes
- Antônio Chaves
- Antônio Corsino
- Benjamin de Freitas
- Bernardo Rodrigues
- Francisco Anacleto*
- Francisco Antônio da Silva
- Francisco de Paiva Sobrinho
- Francisco Gabriel de Oliveira*
- Francisco Lemos
- João Francelino
- José Firmino da Silva
- José Moura Sampaio
- José Neris da Silva
- Júlio Amorim
- Luís de Clodomiro
- Luiz Rodrigues dos Santos
- Manoel Lino de Paiva*
- Manoel Marinho
- Martiniano José de Oliveira
- Miguel Sampaio
- Pedro Ferreira
- Pedro Paulo de Oliveira
- Raimundo de Paiva Chaves*
- Raimundo Nonato
- Ranulfo Alves
- Silvério Fernandes Teixeira
- Sílvio Barreto de Queiroz
- Vicente de Oliveira Costa
Faltaram alguns ex-combadentes Chico Benedito,Chicó Vicente,João Clementino,João Evilázio,Luis Lemos segundo algumas pessoas mim informaram.
ResponderExcluiramigo Obrigado pela informação esses nomes foram repassados pelo memorial manoel lino de paiva...
ResponderExcluirEmociona a efetiva contribuição de Martins à causa democrática, sobretudo a participação desses jovens, a quem a nossa civilização muito deve. Em destaque, a nossa gratidão ao jovem Manoel Lino de Paiva.
ResponderExcluir(Horácio Paiva)