Segunda, 24 de novembro de 2025
Ele relatou à juíza auxiliar, que conduziu o procedimento por videoconferência, que a interação entre Pregabalina e Sertralina provocou um quadro de confusão mental acompanhado de “alucinação”.
A ata oficial registra que Bolsonaro descreveu o início de uma “paranoia” entre a noite de sexta-feira (21/11) e a madrugada de sábado (22/11), momento em que passou a acreditar que havia uma escuta instalada dentro do equipamento de monitoramento. Movido por essa percepção distorcida, ele contou que utilizou um ferro de solda para tentar abrir a tornozeleira, ação que acabou deixando marcas de queimadura observadas por agentes da Secretaria de Administração Penitenciária do DF.
Antes mesmo de comparecer à audiência, o ex-presidente já havia reconhecido ter usado o objeto para manipular o dispositivo, justificando, na ocasião, tratar-se de “curiosidade”.
Ainda segundo o relato registrado, Bolsonaro disse ter recebido orientação de dois médicos distintos para o uso dos medicamentos. Ele acrescentou que vinha dormindo mal e enfrentando um “sono picado”, condições que teriam favorecido o suposto surto, algo que afirmou jamais ter experimentado anteriormente.
O ex-presidente lembrou que estava em sua residência acompanhado da filha, do irmão e de um assessor, mas destacou que todos dormiam no momento em que tentou mexer no equipamento, o que explicaria o fato de ninguém ter percebido a ação. Ele reforçou que não teve qualquer intenção de fuga, alegando ter interrompido a tentativa ao “cair na razão” e posteriormente informado a equipe de monitoramento sobre o que havia feito.
Fonte: Jornal da Cidade Online

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