Sexta, 28 de novembro de 2025
Heleno está detido desde terça (25/11) no Comando Militar do Planalto (CMP), e os laudos devem fundamentar o pedido de sua defesa para converter a pena em regime domiciliar.
Os relatórios reúnem avaliações clínicas realizadas ao longo de cerca de um ano, incluindo exames de imagem, testes cognitivos e biomarcadores do líquor — procedimento usado para investigar doenças neurodegenerativas. Segundo o material, o comprometimento cognitivo foi identificado ainda em 2022, período anterior ao início do processo judicial.
A documentação detalha a progressão da doença e descreve consultas periódicas, medicamentos prescritos e o acompanhamento multidisciplinar. Os profissionais apontam dificuldades crescentes de memória — como esquecer nomes, datas e repetir perguntas — além de perda da capacidade crítica e limitações funcionais que afetam tarefas cotidianas. Exames como a ressonância magnética mostraram atrofia cerebral e pequenos derrames, enquanto a avaliação neuropsicológica confirmou o diagnóstico de Alzheimer em estágio inicial.
O teste MoCA (Avaliação Cognitiva de Montreal) revelou prejuízos em funções essenciais, como linguagem, orientação espacial e memória recente. No plano funcional, os laudos registram que Heleno não consegue gerenciar sozinho sua medicação, tem dificuldade para lidar com tecnologias, não retém conversas recentes e necessita de supervisão até para cuidados pessoais básicos. No aspecto físico, o general apresenta artrose generalizada na coluna e na lombar, com deformidades que reduzem a mobilidade e causam dor crônica.
De acordo com os especialistas, a manutenção de Heleno em ambiente de cárcere tende a agravar seu estado clínico, especialmente devido ao isolamento e ao estresse prolongado.
Entre os arquivos anexados está um vídeo no qual o militar não consegue realizar uma tarefa simples: dar o troco de um valor específico durante um teste cognitivo.

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