Domingo, 16 de fevereiro de 2025
1) o mercado financeiro, que especulou com o câmbio, afetando os preços dos alimentos, além de fazer terrorismo fiscal;
2) os governadores, que aumentaram o ICMS sobre os combustíveis;
3) o BC, que aumentou os juros;
4) a extrema-direita, que espalhou a fake news sobre o PIX.
Desta análise, se conclui que se não existissem mercado financeiro, governadores, BC e oposição, o governo Lula teria a mesma popularidade de Kim Jong-un.
Já que esses detalhes da paisagem não vão sumir com um passe de mágica, será preciso trabalhar. E o que fazer? Gleisi dá a sua receita:
1) cuidar dos preços dos alimentos como o presidente determinou;
2) dar gás e remédios grátis para a população;
3) reajustar a tabela do IR para isentar quem ganha até R$ 5 mil/mês.
4) aumentar a oferta de crédito para o povo;
5) fazer a disputa política com a oposição.
Com exceção do “cuidar dos preços dos alimentos”, que em si não faz sentido algum (a não ser que Gleisi esteja sugerindo a volta dos fiscais do Sarney), as outras iniciativas seriam ótimas, não fossem os detalhes listados pela presidente do PT.
No caso, dar gás e remédios e mudar o limite de isenção do IR esbarram no terrorismo fiscal do mercado, o crédito farto esbarra nos juros altos do BC e a disputa política (leia-se fake news do bem) esbarra na 'máquina de fake news do mal da oposição'. Definitivamente, a popularidade do presidente seria muito melhor se nada disso existisse.
Marcelo Guterman. Engenheiro de Produção pela Escola Politécnica da USP e mestre em Economia e Finanças pelo Insper.
Nenhum comentário:
Postar um comentário