Segunda, 25 de dezembro de 2023
Uma calculadora de inteligência artificial que pode prever quando uma pessoa morrerá está se mostrando assustadoramente precisa. As estatísticas mostram que há uma precisão de 78% no estudo do modelo “life2vec” depois que os cientistas desenvolveram um algoritmo que usa a história da vida de uma pessoa para prever sua morte.
Pesquisadores dinamarqueses foram os desenvolvedores da “vidente” de morte, que funciona como um chatbot e se alimenta de informações sobre mais de seis milhões de pessoas reais, incluindo dados como renda, profissão, local de residência, lesões e histórico de gravidez.
O resultado final foi um modelo que pode processar linguagem simples e gerar previsões sobre a probabilidade de uma pessoa morrer precocemente ou sobre sua renda ao longo da vida.
Treinado com dados de 2008 a 2016, o bot pode responder a perguntas simples e dar respostas com base em quanto tempo o usuário acredita que durará na Terra.
Com base na pesquisa publicada na revista Nature Computational Science, o robô previu corretamente quem tinha morrido até 2020 em mais de três quartos das vezes.
“Estamos trabalhando ativamente em formas de partilhar alguns dos resultados de forma mais aberta, mas isto requer que mais investigação seja feita de uma forma que possa garantir a privacidade das pessoas no estudo”, disse ao jornal britânico Daily Mail a autora do estudo Sune Lehmann.
O professor de redes e ex-aluno da Universidade Técnica da Dinamarca diz que o bot também pode prever aspectos da personalidade de uma pessoa.
Lehmann deixou claro que os dados utilizados na previsão foram os das qualidades de vida da Dinamarca, e os resultados em todo o mundo podem variar:
“O modelo abre importantes perspectivas positivas e negativas para discutir e abordar politicamente. Tecnologias semelhantes para prever eventos de vida e comportamento humano já são usadas hoje em empresas de tecnologia que, por exemplo, rastreiam nosso comportamento nas redes sociais, traçam nossos perfis com extrema precisão e usam esses perfis para prever nosso comportamento e nos influenciar. Esta discussão precisa fazer parte da conversa democrática para que possamos considerar para onde a tecnologia nos está a levar e se este é um desenvolvimento que queremos”.
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