Anvisa proíbe venda de milhares de produtos após relatos preocupantes

 Domingo, 31 de dezembro de 2023

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou o cancelamento da comercialização de 1.266 tipos de pomadas para cabelo.

Esta medida ocorre na mesma semana em que mais de uma centena de pessoas buscou atendimento emergencial no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Rio de Janeiro, apresentando queimaduras nas córneas.

Essas lesões foram causadas pelo contato com tais produtos, principalmente ao lavar o cabelo ou durante atividades aquáticas, como natação e idas à praia.

Segundo a Anvisa, “os cancelamentos anunciados já estavam programados como parte de uma série de medidas regulatórias da agência e não têm relação direta com os recentes casos de irritação ocular, que ainda estão sob investigação”.

Em um comunicado no site oficial, a agência esclarece que a proibição é um passo adiante na garantia da segurança dos produtos, em conformidade com a RDC 814, de 1º/9/2023. Uma resolução anterior, datada de setembro deste ano, já havia suspendido a comercialização de 1.741 pomadas.

Orientações para o uso seguro

Na quinta-feira (28/12), o Ministério da Saúde divulgou orientações para o uso seguro das pomadas para cabelo, especialmente após o aumento de casos de emergências oftalmológicas relacionados a esses produtos no Rio de Janeiro em dezembro.

“Com o objetivo de prevenir mais incidentes, o Ministério da Saúde recomenda cautela no uso desses cosméticos”, informa o órgão.

As diretrizes incluem:

- Evitar produtos não autorizados pela Anvisa;

- Prevenir contato com os olhos e, em caso de contato, lavar imediatamente com água corrente por no mínimo 15 minutos;

- Ler e seguir as instruções do rótulo do produto;

- Realizar um teste de alergia aplicando o produto em uma pequena área da pele antes do uso;

- Moderar no uso dos produtos;

- Observar sinais de irritação e interromper o uso se ocorrerem irritações na pele, olhos ou qualquer outra parte do corpo;

- Buscar assistência médica em caso de reações adversas e reportar aos órgãos de vigilância sanitária.

Fonte: Jornal da Cidade online