Quarta, 23 de Agosto de 2023
Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados.
Os planos do Ministério do Trabalho e Emprego para ressuscitar e turbinar o imposto sindical obrigatório não receberam boa acolhida fora do ambiente dos sindicatos. As entidades patronais rejeitaram a proposta do ministro Luiz Marinho em reunião realizada ontem (22) e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), mandou avisar que o governo não deve contar com ele.
“No Congresso não passa, não. [Estaria] alterando a reforma trabalhista. O imposto sindical foi extinto na reforma trabalhista”, disse em evento com empresários na noite da última segunda-feira. Lira prometeu que a Câmara “não retroagirá” nesse assunto.
Uma consultoria chegou a medir 98% de repercussão negativa nas 32,5 mil postagens de redes sociais após os planos de Marinho serem revelados pelo jornal O Globo. Diante da resistência, o discurso do governo começou a ser modulado. O ministro da Previdência, Carlos Lupi, disse, em entrevista ao portal Uol, que é a favor de uma contribuição sindical, desde que não seja obrigatória.
“Quer discutir imposto sindical? Vamos discutir todos os impostos sindicais, patronal e empregado. Por que só acabar o do empregado? Eu sou a favor que os trabalhadores tenham uma linha de financiamento. O imposto sindical é a única linha possível na realidade brasileira”, defendeu Lupi.
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