Quarta, 23 de Agosto de 2023
As causas do desabamento de oito casas em uma encosta no conjunto Pirangi, localizado no bairro Neópolis, zona Sul de Natal, durante a manhã da última segunda-feira (21), permanece sob investigação da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (SEINFRA). Contudo, no momento, de acordo com a Prefeitura de Natal, não existe prazo estimado para a conclusão do laudo.
Em nota enviada à TRIBUNA DO NORTE, nesta quarta-feira (23), a prefeitura afirmou que, “os motivos do desabamento ainda estão sendo apurados e serão publicizados assim que o trabalho for concluído, sem que seja possível, no momento, mensurar um prazo”, diz.
Durante o desabamento, o muro da lagoa desabou e levou junto parte das residências. Ninguém se feriu. A área onde houve desmoronamento já era considerada como de risco pela Defesa Civil Municipal.
Segundo a coordenadora do órgão, Fernanda Jucá, as Secretarias de Infraestrutura (Seinfra) e Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) foram avisadas do perigo entre os meses de abril e junho do ano passado.
A suspeita é de que o muro, construído na encosta para conter o aterro da lagoa, estava sobrecarregado pelas construções somadas a duas árvores de grande porte.
Em reportagem publicada pela TRIBUNA DO NORTE, Fernanda Jucá disse que vistorias foram realizadas no local no ano passado, mas que a área não era considerada de alto risco para desabamento. “A região tinha sinal de risco baixo, sem a necessidade de interdições. Os moradores foram orientados a não colocar sobrecarga nos quintais e a não deixar vegetação de grande porte. E, como a gente não teve chuvas de grandes proporções este ano, não identificamos, a princípio, uma necessidade de intervenção. Pode ter havido alguma infiltração, algo que a gente não conseguiu perceber, porque o muro era alto e fechado e não tinha como ter acesso para fazer uma avaliação interna”, explicou.
Carlson Gomes, titular da Secretaria de Infraestrutura de Natal (Seinfra), informou que a lagoa tinha sido limpa na última sexta-feira (18). Ele disse que havia um pedido para que fosse executado um projeto de melhorias na lagoa e que a limpeza era o primeiro passo para identificar os problemas do equipamento. “Havíamos limpado as paredes para saber o que seria possível recuperar”, aponta. O secretário reclamou das construções muito próximas ao muro, o que, na avaliação dele, provocaram sobrecarga.
Tribuna do Norte
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