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quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Príncipe saudita hackeou celular de dono da Amazon, segundo a ONU

Quarta, 22 de Janeiro de 2020

Foto: Reprodução / The Verge

O fundador e presidente da Amazon Jeff Bezos teve seu celular hackeado em 2018. O homem mais rico do mundo foi interceptado após receber uma mensagem no WhatsApp enviada por Mohammed bin Salman, príncipe e herdeiro do trono da Arábia Saudita. 

A informação foi divulgada pelo jornal britânico The Guardian, que teve acesso a uma investigação da ONU sobre o caso.

Dois oficiais da entidade vão divulgar nesta quarta-feira (22), evidências que seriam suficientes para indicar que a Arábia Saudita tenha participação direta na invasão do telefone do fundador da Amazon.

As autoridades das Nações Unidas planejam uma declaração pública afirmando que consideram confiável um relatório forense encomendado pela equipe de segurança de Bezos.

O relatório da FTI Consulting concluiu que grandes quantidades de dados começaram a deixar o telefone de Bezos cerca de um mês após o compartilhamento de um vídeo contaminado enviado de uma conta do WhatsApp pertencente ao príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman.

O Guardian afirma que os dois estavam tendo uma conversa amigável e que o príncipe enviou o arquivo no dia 1º de maio de 2018. Segundo a ONU, tanto o Reino quanto os Estados Unidos deveriam investigar o caso.

Especialistas externos consultados pela ONU concordaram que, embora o caso não fosse perfeito, as evidências eram fortes o suficiente para justificar uma investigação mais completa.

A embaixada da Arábia Saudita nos EUA rejeitou o relatório. “Reportagens recentes da mídia que sugerem que o Reino está por trás de uma invasão do telefone de Jeff Bezos são absurdas. Pedimos uma investigação sobre essas alegações para que possamos descobrir todos os fatos”, segundo a nota oficial da embaixada divulgada em sua conta no Twitter.

A embaixada da Arábia Saudita nos Estados Unidos não comentou a reportagem, e um advogado de Bezos afirmou que não iria dar declarações, mas que o executivo estava cooperando com investigações.

Cerca de 9 meses depois de ter sido supostamente hackeado, Bezos veio a público denunciar o tabloide americano "National Enquirer" por usar fotos íntimas para chantageá-lo.

Um mês antes da denúncia, Bezos havia anunciado um divórcio e teve detalhes de sua relação extraconjugal revelados pelo mesmo tabloide minutos após o anúncio da separação.

O caso levou o dono da Amazon a iniciar uma investigação contra a editora da publicação, a American Media Inc (AMI). A equipe de Bezos chegou a afirmar que a cobertura do caso feita pela National Enquirer teve "motivações políticas".

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