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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Hoje é Dia do Trabalhador Rural


As oportunidades de emprego no campo estão cada vez mais escassas e a realidade nas cidades não é diferente: a construção civil e demais setores não dão conta de empregar a mão de obra braçal ociosa no mercado.

O desemprego, que facilita a exploração de mão de obra barata, tem sido problema social de maior amplitude, não só no Brasil, mas também em países mais desenvolvidos. Em março de 1963, foi aprovado o Estatuto do Trabalhador Rural, para regular as relações de trabalho no campo, que até então não tinham nenhum suporte da legislação trabalhista brasileira.

O governo brasileiro sabe que milhões de trabalhadores obtêm algum tipo de remuneração no campo, dos quais pouco mais da metade são assalariados temporários. Geralmente, moram nas cidades e trabalham no campo; sua jornada é incerta e varia conforme o ciclo das safras e a necessidade de mão-de-obra. São os chamados bóias-frias.

Os outros são assalariados permanentes, trabalhadores rurais com local de trabalho fixo e, em geral, mais qualificados: tratoristas e capatazes, na agricultura, e vaqueiros e inseminadores, na pecuária. Existem, também, outros trabalhadores rurais classificados como parceiros, que recebem remuneração em espécie, um percentual sobre a produção obtida.

Nas regiões sul, sudeste e parte do centro-oeste do Brasil, o capitalismo no campo está avançado, a agricultura é moderna e a produção agropecuária é conduzida por verdadeiras empresas rurais, que incorporam índices elevados de mecanização e tecnologia.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST nasceu das lutas concretas que os trabalhadores rurais foram desenvolvendo de forma isolada nessa região, pela conquista da terra, no final da década de 70. E as preocupações básicas desses trabalhadores eram as típicas do mercado de trabalho capitalista: melhores salários e condições de trabalho, aposentadoria digna, transporte, saúde, fiscalização do uso de agrotóxicos. Sem dúvida reivindicações trabalhistas da maior relevância para todos eles.

Para tanto, o MST ligou-se aos já existentes Sindicatos dos Trabalharores Rurais, em todo o território nacional. De tal modo, ganhou força de expressão e conseguiu concretizar as inúmeras e tão necessárias reivindicações da categoria. Dentre essas conquistas, nestes anos de luta do setor, tiveram a melhoria no transporte, de caminhão passou para ônibus, aquisição de ferramentas, roupas mais adequadas a fim de reduzir os riscos de acidente de trabalho e marmita térmica.

Outra conquista desse trabalhador foi o horário de transporte, que é o tempo que ele perde na viagem da cidade até a roça. Esta hora, assim como a hora extra, é acrescida de 50%, e na área da saúde, todo trabalhador passou a ter acesso à saúde pública básica, juntamente com seus dependentes legais.

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Contato : (84) 9 9151-0643

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