Domingo, 03 de agosto de 2025
A informação foi divulgada pelo CEO da companhia, Gustavo Werneck, em conversa com jornalistas. Segundo o executivo, as demissões se concentraram nas unidades da Gerdau nas cidades de Pindamonhangaba (SP) e Mogi das Cruzes (SP).
Os desligamentos foram se intensificando ao longo dos últimos meses e aceleraram ainda mais na última semana, após não terem sido anunciadas medidas adicionais de defesa comercial na reunião do Comitê Executivo de Gestão (Gecex) do dia 24, conforme era esperado.
Quanto aos desembolsos, Werneck havia sinalizado em fevereiro que a empresa poderia revê-los se o governo federal não impusesse novas medidas para conter as importações, consideradas desleais. Como não ocorreu nenhuma mudança real, a Gerdau tomou a decisão de não aplicar no Brasil, a partir de 2026, as mesmas cifras dos últimos anos – de cerca de dois terços dos aportes totais do grupo, que giram em torno de R$ 6 bilhões por ano.
“Não tem sentido continuarmos investindo tão alto no Brasil, já que o governo federal não toma medidas alinhadas à Organização Mundial do Comércio para impedir a entrada desleal de aço, especialmente da China, e não conseguimos competir de forma igualitária e isonômica”, disse o CEO. “Então, vamos reduzir. É uma decisão tomada”, reiterou.
Por outro lado, a companhia seguirá com o mesmo patamar de desembolsos nos Estados Unidos, de acordo com o executivo.
“Lá encontramos um ambiente adequado para continuar investindo e produzindo localmente, como fazemos há mais de 30 anos”, pontuou.
Fonte: Jornal da Cidade Online
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