Quinta, 07 de dezembro de 2023
A polícia do Distrito Federal efetuou a prisão de um bandido suspeito de associação ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e de ameaçar sequestrar familiares da juíza de Execuções Penais, Leila Cury.
A operação, realizada na segunda-feira (4) em Brazlândia, faz parte da continuidade da Operação Sicário, que tem como objetivo desmantelar organizações criminosas na região.
A ação policial incluiu a execução de um mandado de busca e apreensão na residência do suspeito em 29 de novembro. No local, foram encontradas anotações relacionadas ao PCC, que estão sob análise da 18ª Delegacia de Polícia. Até o momento, não há evidências de que houve ordens para ataques contra a magistrada ou seus familiares.
A ordem judicial para a operação foi emitida pela Vara Criminal e Tribunal do Júri de Brazlândia, sendo realizada especificamente na quadra 2, Setor Norte. O criminoso afirmou, durante seu depoimento, que já se desvinculou do PCC, processo que levou um ano e foi influenciado por sua conversão religiosa.
A ameaça à juíza Leila Cury ocorreu em setembro de 2018, quando uma carta foi interceptada pela antiga Subsecretaria do Sispeta Penitenciário (Sesipe), hoje Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Sape).
O autor da carta, Walter Pereira de Lima Júnior, apelidado de Waltinho e identificado como membro do PCC, expressou a intenção de sequestrar um familiar da juíza para forçá-la a emitir alvarás de soltura para integrantes da facção.
As investigações iniciais foram conduzidas pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Deco).
A Operação Sicário, em andamento pela 18ª DP, resultou na prisão de 12 membros do PCC e 3 do Comando Vermelho (CV) nos últimos 11 meses. Eles foram acusados de organização criminosa pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
Waltinho, atualmente, está cumprindo mais de 60 anos de prisão em regime disciplinar diferenciado (RDD).
Fonte: Jornal da Cidade Online
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