Sábado, 09 de Janeiro de 2020
A atitude pegou até os jornalistas que cobriam a entrevista coletiva na quinta-feira (07) de surpresa. De fato, ninguém esperava declarações genéricas, sem nenhuma estatística sobre os efeitos colaterais do fármaco.
O Governo estadual e o Instituto Butantan não souberam informar, precisamente, a eficácia e segurança da vacina em pacientes diagnosticados com sintomas leves ou graves. Dimas Covas, diretor da instituição, inacreditavelmente, apresentava os dados “de cabeça”:
“Cento e sessenta e alguma coisa no placebo e sessenta ou menos entre os vacinados”, dizia, “chutando os números no ar”.
Para se ter uma ideia, Moderna, Pfizer e AstraZeneca divulgaram a eficácia de suas vacinas juntamente com a porcentagem dos efeitos colaterais para cada mil participantes.
Com a CoronaVac, não houve isso. João Dória comandava a reunião e Dimas Covas justificava aos jornalistas que um relatório completo seria encaminhado, posteriormente; quando o pedido de aprovação da vacina fosse submetido à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Perguntado quando isso ocorreria, Dimas disparou:
“Não vou trazer esses detalhes na coletiva”.
Sendo assim, de tudo o que o se viu e ouviu até o momento, uma coisa é certa: o anúncio da CoronaVac no Brasil, feito pela Gestão Dória, é muito mais propaganda política do que estudo científico.
Por fim, o Instituto Butantan surpreendeu a todos e fez o inimaginável: Estranhamente, desistiu de solicitar o uso emergencial da CoronaVac no país.
Fonte: Jornal da Cidade Online
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