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sábado, 9 de janeiro de 2021

Não houve transparência no anúncio sobre a eficácia da CoronaVac: Faltaram dados e sobrou política

 Sábado, 09 de Janeiro de 2020

A atitude pegou até os jornalistas que cobriam a entrevista coletiva na quinta-feira (07) de surpresa. De fato, ninguém esperava declarações genéricas, sem nenhuma estatística sobre os efeitos colaterais do fármaco.

O Governo estadual e o Instituto Butantan não souberam informar, precisamente, a eficácia e segurança da vacina em pacientes diagnosticados com sintomas leves ou graves. Dimas Covas, diretor da instituição, inacreditavelmente, apresentava os dados “de cabeça”:

“Cento e sessenta e alguma coisa no placebo e sessenta ou menos entre os vacinados”, dizia, “chutando os números no ar”.

Para se ter uma ideia, Moderna, Pfizer e AstraZeneca divulgaram a eficácia de suas vacinas juntamente com a porcentagem dos efeitos colaterais para cada mil participantes.

Com a CoronaVac, não houve isso. João Dória comandava a reunião e Dimas Covas justificava aos jornalistas que um relatório completo seria encaminhado, posteriormente; quando o pedido de aprovação da vacina fosse submetido à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Perguntado quando isso ocorreria, Dimas disparou:

“Não vou trazer esses detalhes na coletiva”.

Sendo assim, de tudo o que o se viu e ouviu até o momento, uma coisa é certa: o anúncio da CoronaVac no Brasil, feito pela Gestão Dória, é muito mais propaganda política do que estudo científico.

Por fim, o Instituto Butantan surpreendeu a todos e fez o inimaginável: Estranhamente, desistiu de solicitar o uso emergencial da CoronaVac no país.

Fonte: Jornal da Cidade Online

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