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sexta-feira, 31 de maio de 2019

Funpec não apresenta argumentos convincentes para ter ‘excluído’ agências do RN em licitação de contrato publicitário

Sexta, 31 de Maio de 2019


Mesmo se declarando parceira da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, a Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec) não explica quais motivos jurídicos impediram as empresas potiguares do segmento de comunicação, de concorrerem ao processo licitatório de campanha publicitária, no valor de R$ 50 milhões.

Em nota confusa à imprensa, a Fundação tenta sair de cena ao alegar que o contrato de publicidade firmado com a empresa Fields360, de Brasília, por 12 meses, para a campanha denominada “Sífilis Não” foi executada no âmbito do Projeto “Resposta Rápida à Sífilis”, financiado pelo Ministério da Saúde, em parceria com a UFRN e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). A Funpec, seria, portanto, apenas uma gestora financeira e administrativa do Projeto enquanto Fundação de apoio.

Papelão – A contratação da “empresa Fields Comunicação Ltda, na data de 10/9/2018, pelo valor de R$ 50 milhões, para uma campanha nacional de combate à sífilis está sendo investigada pelo Ministério Público Federal (MPF).

A Funpec, que teve mais de 70% do seu orçamento oriundos da UFRN para gerenciar projetos acadêmicos, abriu contratação, por exemplo, de R$ 4 milhões para empresa de eventos, R$ 50 milhões com empresa de publicidade e mais de R$ 420 mil para adquirir papel A4.

Vale lembrar que em 2012, a agência Fields Comunicação, criada pelo fotógrafo publicitário Sidney Campos, esteve na mira do Ministério Público, como sendo possível extensão do Valerioduto – termo criado para identificar a rede de corrupção comandada pelo publicitário Marcos Valério.

Na época, apesar de o MP ver indícios de que Valério estaria por trás de Sidney Campos, o dono da Fields Comunicação nega conhecer o ‘pivô do mensalão’.

Campanha – Com orçamento de R$50 milhões, a campanha “Sífilis Não” é parte de uma ação maior do Ministério da Saúde em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), com o intuito de chamar a atenção para a testagem e o tratamento da doença, além de desenvolvimento científico, seleção de apoiadores de campo e pesquisa no país inteiro, o que soma R$ 200 milhões no total. Cerca de cem municípios farão parte da campanha publicitária, entre capitais e aqueles mais sensíveis à doença, segundo os dados disponíveis sobre sífilis no país. Além dos banners, a campanha publicitária também reúne vídeos e uma web-série em que dúvidas sobre a doença são respondidas.

Fonte: Blog do Jair Sampaio

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