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quinta-feira, 13 de julho de 2017

Procuradores da Lava Jato afirmam que irão recorrer para aumentar penas na sentença de Lula


MPF vai recorrer para aumentar penas na sentença de Lula.

Para eles, a decisão do juiz Sergio Moro demonstrou que havia "um enorme conjunto de provas" a sustentar as acusações, e tem "robusta fundamentação fática e jurídica".


O advogado disse que o ex-presidente Lula está bastante sereno, mas com uma "indignação natural" por causa da "condenação sem provas".

Os procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba elogiaram, nesta quarta (12), a sentença que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas informaram que vão recorrer de alguns pontos da decisão, "inclusive para aumentar as penas".

Lula foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão, por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá (SP).

Para eles, a decisão do juiz Sergio Moro demonstrou que havia "um enorme conjunto de provas" a sustentar as acusações, e tem "robusta fundamentação fática e jurídica".

Os integrantes do Ministério Público Federal ainda rebateram críticas da defesa de Lula, que sustenta que a Lava Jato persegue o ex-presidente. Para eles, são "uma estratégia de diversionismo".

Os procuradores destacaram, em nota, que têm "cumprido seu papel constitucional no combate à corrupção" e que a atuação do Ministério Público é "apartidária e técnica".

Por outro lado, A defesa de Luiz Inácio Lula da Silva disse que o juiz Sérgio Moro "desprezou as provas da inocência" e "usou o processo para fins de perseguição política" ao condenar o ex-presidente. "A sentença de 962 parágrafos dedicou cinco parágrafos para a prova que a defesa fez sobre a inocência", disse o advogado Cristiano Zanin Martins a jornalistas, na noite desta quarta (12).

Desde o início do processo, os advogados têm afirmado que Moro é parcial e entrado com ações contra o juiz, sem sucesso. Com a sentença, dizem que estavam certos ao afirmar que Moro "claramente perdeu a sua imparcialidade há muito tempo".

No entanto, ressaltam que não estavam perseguindo o juiz, mas "usando mecanismos previstos em lei para impugnar atos arbitrários". O advogado disse que o ex-presidente Lula está bastante sereno, mas com uma "indignação natural" por causa da "condenação sem provas".

Zanin e os outros defensores estavam em audiência na Justiça Federal de Curitiba, na outra ação em que Lula é réu. Ao receber a notícia da condenação, no começo da tarde, voaram para São Paulo.

Condenação

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado, nesta quarta-feira (12), a 9 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá. Apesar da decisão, Sérgio Moro não solicitou a prisão preventiva de Lula. “Poderá o ex-Presidente apresentar a sua apelação em liberdade", escreveu o juiz em sua sentença.

Na ação, Lula é acusado de ter se beneficiado de dinheiro desviado da Petrobras na compra e reforma do tríplex no Guarujá, assim como no transporte de seu acervo presidencial após a saída do Planalto. A sentença do juiz Sergio Moro é a primeira contra o petista no âmbito da Lava-Jato.

"A culpabilidade é elevada. O condenado recebeu vantagem indevida em decorrência do cargo de Presidente da República, ou seja, de mandatário maior. Isso sem olvidar que o crime se insere em um contexto mais amplo, de um esquema de corrupção sistêmica na Petrobras e de uma relação espúria entre ele o Grupo OAS", destaca Moro.


Fonte: Diário do Nordeste

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