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segunda-feira, 21 de março de 2011

Mais uma do Mega Traficante Preso em Mossoro RN

Fernandinho Beira-Mar enviou bilhetes de janeiro a junho de 2010 para comandar tráfico de drogas no Rio de Janeiro


O mega narcotraficante Luiz Fernando da Costa, mais conhecido como Fernandinho Beira-Mar mostrou mais uma de suas facetas para comandar seus “empreendimentos”: Passava informações por meio de bilhetinhos aos seus comparsas. Ele usava este método quando estava preso no Presídio Federal de Campo Grande. Beira-Mar ficou em Campo Grande até dezembro de 2010 e depois foi transferido para o Presídio de Catanduva, no Paraná. As informações foram divulgados durante uma reportagem do Fantástico, da TV Globo.

Segundo as investigações, foram encontrados 10 bilhetes com conteúdos variados desde sequestros de autoridades até fuga para o Paraguai. Os bilhetes foram escritos no período de janeiro à junho de 2010. A Polícia acredita que os bilhetes saiam do presídio escondidas nas costuras das roupas dos visitantes.Segundo a reportagem, havia até um plano de invasão do presídio para levá-lo ao Paraguai.

Conhecimento

A Polícia Civil do Rio estima que em 2010 o traficante enviava a cada 15 dias para o Complexo do Alemão cinco toneladas de maconha, que ele chama no bilhete de “café “. Quando o conjunto de favelas foi ocupado, em novembro, 33 toneladas de maconha foram apreendidas. Dez toneladas eram de Beira-Mar, mas a maconha é apenas um dos produtos que o traficante negocia nas bocas de fumo, ou "firmas", como ele prefere.

“Além do café, viriam junto para os meus fiéis e para minhas firmas sem custo de frete, hidropônica, haxixe, armas, munições, comprimidos e as misturas para as minhas firmas”, escreveu Beira-Mar em um dos bilhetes.

Beira-Mar acompanha tudo, até a cotação no mercado externo de um fuzil, que ele chama de "bico". “O preço de um bico aqui em cima varia de 13 a 14 mil dólares. pistolas na média de 1.200 a 1.500 dólares, mais frete e a porcentagem da casa de câmbio”, diz Beira-Mar em um dos bilhetes.

Depois que a droga é vendida, começa a etapa da lavagem do dinheiro. E agora vem a grande revelação dos bilhetes obtidos pelo Fantástico: o lucro da droga entra e passa a circular no sistema bancário brasileiro através de uma estrutura paralela ao tráfico, que a polícia está chamando de "terceiro setor".

Funciona da seguinte maneira: o dinheiro sai da favela em pacotes de notas pequenas, que somam, no máximo, R$ 10 mil, e são carregados por mulheres da própria comunidade. Elas levam o dinheiro para agências bancárias próximas à favela e fazem vários depósitos miúdos, às vezes minuto a minuto.

O dinheiro entra em contas do esquema de lavagem espalhadas por agências bancárias de todo o Brasil. Em cada um desses bancos, as somas são sacadas na boca do caixa e depositadas em dinheiro vivo em outras contas do próprio esquema, de bancos de outros estados. Assim, evitam transferências que podem ser rastreadas. O destino final do dinheiro a polícia ainda não sabe qual é.

Fonte: Eduardo Penedo

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Contato : (84) 9 9151-0643

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