Levantamento feito pelo Instituto Veritá após o anúncio da pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL) à Presidência da República, aponta em uma eventual simulação de segundo turno contra Lula, Flávio teria 39,2% dos votos totais contra 39,8% de Lula. Nos votos válidos, Lula teria 50,4% contra 49,6% do senador.
Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Michelle Bolsonaro (PL) são considerados pelo eleitor players mais fortes que o filho do ex-presidente da República na disputa eleitoral de 2026.
Segundo o instituto, 38,9% dos eleitores consideram Tarcísio um melhor candidato; e 20,9% apontam Michelle como candidata mais forte; Flávio é o terceiro na preferência do eleitor, citado por 18,4% dos entrevistados.
Já Tarcísio, por sua vez, supera o presidente Lula fora da margem de erro, alcançando 44,9% das intenções de voto contra 40,3% do petista (52,7% a 47,3% nos votos válidos).
A pesquisa foi realizada nos 6 e 7 de dezembro de 2025. O levantamento ouviu 2.519 eleitores em todo o país. Essa foi a primeira pesquisa a captar o anúncio da pré-candidatura de Flávio. A outra sondagem, do Datafolha, foi realizada antes da decisão do ex-presidente da República.
O cantor Mauri, irmão da dupla sertaneja Chitãozinho e Xororó, morreu neste domingo (7) em um acidente na Rodovia Régis Bittencourt (BR-116), em Miracatu (SP). Ele formava a dupla Maurício & Mauri há 35 anos. Um integrante da equipe também morreu no acidente.
Nascido Amauri Prudêncio de Lima, em Mauá (SP), em 1970, Mauri morava atualmente em Indaiatuba (SP).
A equipe de Chitãozinho & Xororó divulgou um comunicado confirmando a morte do cantor e informando que Maurício, parceiro musical de Mauri, está fisicamente bem e sendo acompanhado. A nota também agradece o carinho e o respeito do público neste momento de profunda dor.
Antes de se unirem nos palcos, em 1990, Mauri trabalhava nos bastidores dos shows dos irmãos mais famosos, enquanto Maurício era backing vocal. Nas redes sociais, a dupla reúne mais de 83 mil seguidores, e Mauri possui mais de 34 mil em seu perfil pessoal.
Casado com a apresentadora do SBT, Andrea Fabyanna, o último post do cantor foi uma homenagem à esposa, que completou aniversário no dia 4 de dezembro.
O senador Weverton Rocha (PDT-MA) apresentará nesta segunda-feira (8) o relatório que atualiza a Lei do Impeachment no Senado Federal. O projeto reformula a Lei de Crimes de Responsabilidade e estabelece novas diretrizes sobre quem pode iniciar processos contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e outras autoridades.
A iniciativa surge como resposta à decisão liminar do ministro Gilmar Mendes, que limitou a possibilidade de afastamento de integrantes da Corte.
"A medida do ministro do STF força o Senado a votar as mudanças na legislação até o final deste ano", afirmou o senador Weverton Rocha.
O texto substitui a legislação de 1950 e foi elaborado por uma comissão de juristas presidida pelo então ministro do STF Ricardo Lewandowski, a pedido do ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Uma prévia do documento já circula entre os senadores.
A proposta restringe quem pode protocolar pedidos de impeachment contra ministros do Supremo. Cidadãos comuns perderão o direito de apresentar denúncias individualmente. Esse poder ficará limitado a partidos com representação no Congresso, à OAB, entidades de classe e organizações sindicais de âmbito nacional ou estadual.
A população poderá solicitar o impeachment de autoridades apenas por meio de iniciativa popular qualificada. O processo exigirá cerca de 1,6 milhão de assinaturas, equivalente a 1% do eleitorado brasileiro, seguindo requisitos semelhantes aos necessários para projetos de lei.
O texto amplia o rol de autoridades sujeitas à Lei do Impeachment. Além do presidente da República, inclui ministros de Estado, integrantes do STF, membros de tribunais superiores, representantes do Ministério Público, comandantes das Forças Armadas, conselheiros do CNJ e do CNMP, governadores e secretários estaduais.
A proposta também detalha condutas consideradas crimes de responsabilidade, cria um procedimento escalonado para análise das denúncias e define parâmetros para julgamento e dosimetria das penas. O texto será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, sem data definida para apreciação.
O senador Weverton Rocha deve oficializar a versão final do relatório que já teve uma prévia apresentada aos parlamentares.
A violência impera e causam pavor. Exemplos de situações de insegurança se aglomeram, notadamente contra políticos de direita. Desta vez, a vítima é o prefeito de Masagua, na Guatemala. Ele foi morto na noite de sábado (6). As ligações da esquerda com o mundo do crime estão aterrorizando o mundo.
Nelson Luciano Marroquín, de 39 anos, eleito para o mandato 2024–2028, foi assassinado quando participava de um desfile de Natal na aldeia Obero, em Escuintla. Ligado à direita guatemalteca, Marroquín tinha trajetória marcada pelo empreendedorismo, antes de entrar na política.
A esposa do prefeito publicou uma mensagem emocionada nas redes sociais, afirmando que ele “será o amor da minha vida para sempre” e destacando seu comprometimento com o desenvolvimento de Masagua e com os mais vulneráveis.
O presidente de esquerda da Guatemala, Bernardo Arévalo, condenou o ataque e determinou ações imediatas para que os responsáveis sejam levados à Justiça.
Marroquín era empresário nos setores de reparos eletrônicos, transporte e importação de veículos. Ingressou na política em 2020 pelo partido Vamos por una Guatemala Diferente (VAMOS).
Sua morte ocorre em meio a um ambiente de crescente violência política na região e se soma a outros episódios recentes de ataques contra candidatos e lideranças de direita em diferentes países, reflexo do avanço do crime organizado, de disputas locais de poder e do aumento da tensão em períodos eleitorais.
O governo de Donald Trump ampliou nesta semana a pressão sobre empresas de tecnologia ao orientar consulados a barrar solicitantes de visto H-1B envolvidos em moderação de conteúdo, atividade considerada ameaça à liberdade de expressão pelo Partido Republicano.
O H-1B é utilizado por big techs para contratar profissionais qualificados do exterior.
Mensagens internas vistas pelo jornal Washington Post e pela agência Reuters indicam que candidatos podem ser considerados inelegíveis se tiverem cumprido exigências de moderação feitas por governos estrangeiros, adotado políticas “inconsistentes com a liberdade de expressão” ou participado de checagem de fatos, combate à desinformação, moderação de conteúdo e funções semelhantes.
A administração de Trump transformou o tema da liberdade de expressão em um dos eixos de sua política externa, com críticas frequentes a medidas europeias classificadas pelo governo americano como repressivas a vozes conservadoras.
O documento, enviado em 2 de dezembro, orienta que currículos e perfis no LinkedIn de candidatos, assim como de seus dependentes, sejam analisados em busca de sinais de participação em “atuação em desinformação”, checagem de fatos, moderação, compliance ou segurança online.
Caso haja indícios de envolvimento em “censura de expressão protegida”, o visto deve ser negado com base na legislação migratória.
Fonte: Jornal da Cidade Online
A diretriz vale para todos os tipos de visto. Ela surge em meio ao endurecimento mais amplo da política migratória, que inclui a taxa de US$ 100 mil para o H-1B e a exigência de perfis públicos nas redes sociais a partir de 15 de dezembro.
Procurado pela imprensa, o Departamento de Estado afirmou que não comentará vazamentos e reiterou que não permitirá estrangeiros “vindo aos EUA para censurar americanos”. As big techs continuam entre as principais usuárias do H-1B, com Índia, China e Canadá entre os países que mais enviam profissionais aprovados.
Fica cada vez mais complicado se acreditar na seriedade ou na imparcialidade desses ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na medida em que escândalos causados em pleno exercício do cargo vão sendo revelados, fica óbvio o motivo do medo de impeachment.
O jornalista Lauro Jardim conseguiu descobrir fatos desabonadores que possivelmente tenham sido previamente combinados na tal “viagem probida” realizada pelo juiz na companhia do advogado do réu. Transcrevemos:
“Foi atendendo a um recurso de Augusto Arruda Botelho, advogado de Luiz Antonio Bull, diretor de Compliance do Banco Master, que Dias Toffoli decidiu na quarta-feira passada dar acesso a todos os elementos de prova já documentados na investigação da PF que sejam do interesse do seu cliente.
Toffoli determinou que todas as novas ações e medidas de investigação passassem a ser previamente submetidas não mais à Justiça Federal, mas ao crivo do STF — ou seja, ao crivo do próprio Toffoli, agora o guardião master do processo.
O sigilo máximo também foi decretado ‘a fim de evitar vazamentos que obstaculizem as investigações’.
Dias antes de tudo isso, Toffoli foi a Lima ver o seu Palmeiras conquistar mais um vice-campeonato, desta vez o da Libertadores. Viajou no jatinho privado do empresário Luiz Oswaldo Pastore. Com os dois, batendo uma bola no mesmo voo, estava — olha a coincidência — Arruda Botelho.”
Pronto, aí está. O editorial de um dos principais jornais do país afirmou que o País está sob uma ditadura do Supremo. Ok, tendo cuidado com as palavras e pisando em ovos, mas está aí para quem quiser ler. Tem rabo de porco, nariz de porco, pé de porco, só não chamou de porco.
Os ministros dirão que isso é uma rematada bobagem, dado que o próprio editorial é prova de que não há ditadura alguma, a crítica é livre. Verdade, para as vozes não identificadas com a “extrema-direita”. Para estes, a ditadura já mostrou seus instrumentos.
Decorridos os primeiros anos da ditadura militar, apoiada pelos grandes jornais quando se mostrava travestida de “resgate da democracia”, a crítica também era livre. O regime foi se fechando, sempre em nome da proteção dos “ideais da Revolução”, até que a perseguição extrapolou a “extrema-esquerda” e atingiu toda a cidadania brasileira, incluindo os grandes jornais.
Kato Marx afirmou que a história se repete como farsa. E a farsa do Supremo “defensor da democracia” está aí para quem tem olhos de ver.
Marcelo Guterman. Engenheiro de Produção pela Escola Politécnica da USP e mestre em Economia e Finanças pelo Insper.
Leia o texto:
“O SUPREMO ESTÁ COM MEDO
A liminar do ministro Gilmar Mendes que reescreveu o rito de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal marca um divisor de águas. Não se trata de interpretação, mas de mutação, ou melhor, de mutilação constitucional por canetada. Um único ministro eliminou o direito do cidadão de apresentar denúncia, entregou ao procurador-geral da República um monopólio acusatório inexistente na Constituição, elevou o quórum do Senado a patamar impraticável e aboliu o afastamento cautelar do acusado. É difícil imaginar gesto mais despudorado de autoblindagem – e mais contrário ao espírito republicano que o constituinte pretendeu instaurar.
O ministro se justificou dizendo que a Lei do Impeachment, de 1950, está ‘caduca’. Ora, leis não ‘caducam’, a não ser que o legislador resolva mudá-las. A Lei do Impeachment, aliás, atravessou regimes, resistiu a crises e nunca foi considerada incompatível com o Estado de Direito. Tampouco há histórico de perseguição: nunca houve impeachment de ministro na história republicana moderna. Sugerir ‘risco sistêmico’ ou ‘ataque ao Estado de Direito’ é transformar divergência política em ameaça existencial – expediente típico de quem deseja blindar-se contra toda forma de controle. Alterar a Constituição por decisão monocrática não é defendê-la; é contorná-la segundo conveniências momentâneas ao sabor dos humores de quem ocupa a cadeira.
A motivação real não é o temor de um golpe imaginário. É o calendário eleitoral. Em 2026, dois terços do Senado serão renovados. A liminar nasce desse medo. É a primeira vez que uma Suprema Corte afirma, em essência, que precisa se proteger do resultado de uma eleição. Isso não é proteção institucional; é blindagem contra a democracia que implode os freios e contrapesos que impedem que qualquer poder se torne absoluto.
Ao criar um monopólio acusatório do procurador-geral da República – figura escolhida em processo politicamente condicionado e, hoje, dependente do beneplácito dos próprios ministros –, a decisão retira do Senado sua competência privativa e esvazia o princípio republicano da responsabilidade difusa. A Constituição define quem julga, mas não restringe quem acusa. O silêncio é proposital: o impeachment é instrumento político, cuja porta de entrada não pode ser trancafiada por um único ator estatal. Concentrar esse poder num só agente é transformar o controle externo do Judiciário em ficção e reduzir o Senado a um anexo consultivo.
A manobra integra um padrão: decisões monocráticas convertidas em “miniemendas”, inquéritos sem fim, censuras cautelares sigilosas, permissões éticas autoconcedidas, interferências diretas no Congresso. O abuso deixou de ser exceção e virou método. Nenhuma democracia pode sobreviver quando um dos Poderes assume simultaneamente o papel de juiz, parte e guardião de sua própria responsabilização. O País assiste, estarrecido, à construção de um Poder que opera por fora das regras que exige que todos os demais cumpram. Um movimento que ecoa – se não nos métodos, na lógica – o apetite tutelar das Forças Armadas no século 20: uma corporação não eleita (outrora com farda ‘positivista’, agora com toga ‘iluminista’) que se impõe como árbitro supremo da política, altera as regras do jogo e intervém nele à sua conveniência.
A Corte que se comporta descaradamente como corporação política: com narrativa, estratégia e mecanismos de autopreservação. A independência judicial exige garantias; o despotismo judicial exige blindagens. A liminar disfarça o último com a primeira e o apresenta como virtude. Mas não há democracia possível se um Poder se declara imune a toda forma de escrutínio. A mensagem é clara: ninguém nos controla, e qualquer tentativa de fazê-lo será punida como ‘ataque às instituições’.
O Brasil precisa de um Supremo forte, não de um Supremo absoluto. Sem autocontenção, sem limites externos e agora sem canais de responsabilização, a Corte se coloca acima da República. O que está em jogo não é o destino de um ou outro ministro, mas o princípio que sustenta governos livres: o poder que não pode ser controlado não é poder independente, é poder arbitrário.
A liminar não protege o Estado de Direito. Protege o Estado contra o Direito. Não salva a democracia. Desfere-lhe um golpe letal.”