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domingo, 6 de abril de 2014

Enchente leva Governo a decretar calamidade

Brasília (AE) - O governador de Rondônia, Confúcio Aires Moura (PMDB), decretou estado de calamidade pública devido à cheia do Rio Madeira que atinge a capital, Porto Velho, e pelo menos outros seis municípios no norte do Estado. O decreto, publicado nesta sexta-feira, autoriza o governo a contratar serviços emergenciais com dispensa de licitação e convocar voluntários para frentes de trabalho nos cenários de desastres. O nível do Rio Madeira estava em 19,58 em Porto Velho - a prefeitura da capital já havia decretado estado de calamidade pública em março.
DivulgaçãoCom volume de água bem acima do leito normal, moradores são obrigados a sair de casa e procurar refúgios em abrigosCom volume de água bem acima do leito normal, moradores são obrigados a sair de casa e procurar refúgios em abrigos

De acordo com novos números da Defesa Civil, 25 mil pessoas foram atingidas pela cheia no Estado. Pelo menos cinco mil estão desalojadas ou desabrigadas. O governo federal já liberou R$ 1,7 milhão para restabelecer serviços essenciais, como abastecimento de água e energia. Várias rodovias da região estão interditadas ou com trânsito precário. A BR-364, única ligação com o Estado do Acre, está encoberta pelas águas. A forte correnteza dificulta a navegação das balsas, que se converteram no principal meio de transporte.


Homens da Força Nacional de Segurança devem permanecer mais 60 dias em ações de defesa civil e segurança nas áreas atingidas pela cheia do Madeira. O novo prazo foi estabelecido em portaria do Ministério da Justiça, publicada na edição desta sexta-feira do Diário Oficial da União. As tropas ajudam no controle e segurança das rodovias e no resgate e transferência de famílias que estão ilhadas. Por causa das inundações, surgem casos de leptospirose, dengue e acidentes com cobras. Dois casos suspeitos de cólera ainda aguardam confirmação.


Os ministérios da Pesca e Aquicultura e do Meio Ambiente decidiram prorrogar, excepcionalmente, por 30 dias, a contar desde 16 de março de 2014, o período de defeso no Estado do Acre e nos municípios de Porto Velho, Nova Mamoré, Rolim de Moura e Guajará-Mirim no Estado de Rondônia, abrangidos pelas bacias hidrográficas dos rios federais Madeira, Guaporé e Mamoré. A decisão foi tomada levando em consideração as cheias que atingem a região. O defeso, explica a instrução normativa interministerial divulgada hoje, é a paralisação temporária da pesca para a preservação da espécie, tendo como motivação a reprodução e/ou recrutamento, bem como paralisações causadas por fenômenos naturais ou acidentes.

A cheia nos rios amazônicos mantém interditadas as principais ligações rodoviárias entre os Estados de Rondônia, Amazonas e Acre. O tráfego na BR-364, principal ligação entre Porto Velho e Rio Branco, capital acreana, continua interrompido. A rodovia está coberta pelas águas do Rio Madeira que, no trecho alagado, registrava nesta quinta-feira nível de 19,61 metros. Carretas e caminhões estão sendo transportados de balsa em direção à capital. Aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) são empregados para transportar remédios e alimentos perecíveis. O governo do Acre recorreu ao combustível comprado no Peru para evitar o desabastecimento.

NÚMEROS
19,5 era o nível do Rio Madeira na sexta-feira, dia 4.
25 mil pessoas foram atingidas pelas cheias em Rondônia


Fonte: Tribuna do Norte
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