Terça, 02 de dezembro de 2025

Expulso do Exército em 2024, o sargento reformado Antonio Ésio de Sousa Cruz levou sua briga com a cúpula militar para fora do país. Ele enviou documentos ao Departamento de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA (OFAC) pedindo que sejam aplicadas as sanções da Lei Magnitsky — mecanismo usado contra suspeitos de corrupção e violações de direitos humanos — contra um general de divisão e um juiz da Justiça Militar.
Ele acusa o general André Luiz Allão e o juiz militar federal Rodolfo Menezes, além de outros oito oficiais e integrantes do Judiciário, de promoverem uma “perseguição política” que teria resultado em sua expulsão e no fim de sua pensão por invalidez.
Antonio afirma ter transtorno do espectro autista, esquizofrenia e síndrome de Asperger, e sustenta que a cassação do benefício deixou sua família — seis filhos com TEA e uma mãe com Alzheimer — sem renda para sobreviver.
O militar ficou sete meses preso após participar do apedrejamento do escritório de um advogado ligado a um ex-governador e amigo do general. Sousa Cruz também aponta “corrupção significativa”, alegando que oficiais e o juiz tentaram anular sua reforma por invalidez já confirmada pelo Superior Tribunal de Justiça em 2012.
Depois da prisão, ele acabou condenado por injúria e destruição de patrimônio, acusado de ofender o escrivão da corregedoria e o comandante da 10ª Região Militar, o próprio general Allão. Ele afirma que o processo teve influência política e judicial para prejudicá-lo, deixando sua família sem renda e em risco de miséria.
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