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terça-feira, 24 de outubro de 2017

Corrupção é obstáculo para desenvolvimento político, avalia Janot

Terça, 24 de Outubro de 2017

por Leonardo Augusto | Estadão Conteúdo
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot afirmou nesta segunda-feira (23) que a corrupção "é obstáculo para o desenvolvimento político". A declaração foi dada em uma palestra a alunos e professores de uma faculdade de Belo Horizonte. Segundo Janot, a saída para crise no País se dá na política e não fora dela. "A solução para o Brasil hoje, para a crise política que o Brasil vive, só pode acontecer através da política. Não há outra opção possível desse problema político que passa o país". Às vésperas da votação, no Congresso Nacional, da segunda denúncia contra o presidente da República, Michael Temer (PMDB), o ex-chefe do Ministério Público Federal (MPF) disse ainda esperar que o combate à corrupção no País continue e afirmou que a percepção sobre o Brasil no exterior melhorou depois das investigações contra a corrupção no país. "Como o Brasil é visto lá fora depois de todas essas atividades que realizou, e que a gente espera que continue"?, disse Janot, que iniciou a palestra citando declaração do Papa Francisco, em que o chefe da Igreja Católica trata a corrupção como algo "sujo" e que "fede". Em seguida, Janot apresentou dados que retirou do Fórum Econômico Mundial, que mostram o Brasil saindo da posição 120.ª para a 109.ª na lista das nações que mais combatem a corrupção. Janot deixou o cargo de procurador-geral da República, depois de dois mandatos, em 17 de setembro. Foi substituído por Raquel Dodge. O ex-procurador foi o responsável no MP pela maior parte da condução das investigações no âmbito da Lava Jato. O ex-procurador-geral também fez um balanço sobre a Operação Lava Jato. Disse que, até agora, foram abertos 1765 procedimentos e fechadas 120 colaborações premiadas no Supremo Tribunal Federal (STF). Como vem acontecendo com frequência, Janot, mais uma vez, voltou a evitar a imprensa. Ao sair da escola, a intenção do ex-procurador era pegar um táxi. Quando soube da presença de repórteres na entrada da escola, conseguiu carona com um professor e deixou o local pela garagem.

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