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domingo, 25 de outubro de 2015

Ex-gerente diz que propinas na Petrobras remontam à década de 1970

Domingo, 25 de Outubro de 2015 

Foto: Reprodução / G1

O ex-gerente-geral do setor Internacional da Petrobras Eduardo Musa disse que desde 1978, quando entrou na estatal por concurso, ouve falar de pagamento de propina. Musa é um dos colaboradores da Operação Lava Jato, que investiga casos de corrupção na estatal fundada em 1953. De acordo com o Estadão, a afirmação foi feita em delação premiada [que exige provas em troca de redução de penas] e indica que os esquemas de corrupção já estavam em curso quase 40 anos antes de a Polícia Federal ter deflagrado a Lava Jato. A operação investiga o período entre 2004 e 2014. A reportagem do Estadão teve acesso à íntegra do depoimento de Musa, que disse ter prestado serviços à petrolífera até 2009. O ex-gerente era subordinado a dois ex-diretores da Petrobras presos em Curitiba – Nestor Cerveró e Jorge Zelada, dois dos principais operadores do esquema de corrupção – na área Internacional, apontada como cota do PMDB. Ainda na delação, Musa disse ter ouvido que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), dava a “palavra final” sobre o comando da diretoria Internacional da petrolífera – ao lado do senador Fernando Collor (PTB-AL). Ainda segundo o delator, um contrato de US$ 1,6 bilhão firmado entre o Grupo Schahin e a Petrobras para operação de um navio-sonda, com vigência entre 2006 e 2007, fez parte da quitação de uma dívida eleitoral do PT com a estatal. A campanha beneficiada, diz Musa, foi a de reeleição do ex-presidente Lula, que derrotou o tucano Geraldo Alckmin, em segundo turno, em 29 de outubro de 2006.

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