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terça-feira, 5 de setembro de 2017

Em novo anexo de delação, Joesley relata propina a Mantega e pedidos a Serra e Palocci

Terça, 05 de Setembro de 2017 

Foto: Reprodução / PGR

O novo anexo da delação premiada entregue à Procuradoria-Geral da República (PGR), o empresário Joesley Batista relatou ter pedido a políticos que fizessem pressão para influenciar a liberação de um financiamento do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).De acordo com a Globo News, o objetivo, afirma, era conseguir recursos para a construção de uma fábrica de celulose da Eldorado, empresa que foi vendida pelo grupo J&F na última semana. O delator citou que solicitou a ajuda ao então ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao ex-ministro Antonio Palocci, que à época (2010) coordenava a campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República e ao senador José Serra (PSDB-SP), também candidato a presidente. Joesley afirma que a liberação do empréstimo rendeu uma propina de 4% a Mantega e o empreendia fábrica foi construída no Mato Grosso do Sul. De acordo com a Globo News, ele não mencionou ter pagado propina para Serra e para Palocci, mas o ex-tesoureiro do PT João Vaccari e dirigentes dos fundos de pensão da Petrobras (Petros) e Caixa Econômica Federal (Funcef) também teriam recebido repasses. De acordo com os documentos entregues por Joesley, a negociação começou em 2009. Ele conta que ficou sabendo pelo então governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, que uma empresa europeia tinha desistido de construir um fábrica de celulose no estado. Ele sugeriu então que a fábrica do grupo J&F ficasse no lugar. Joesley disse ter procurado Mantega após enfrentar dificuldades junto à área técnica do BNDES. No ano seguinte, já em meio à campanha eleitoral, os pedidos se intensificaram e chegaram a Palocci e Serra, que foram instados a ligar para o então presidente da instituição, Luciano Coutinho. Palocci e Mantega não se manifestaram sobre o caso. Em nota, Serra disse que “essa história jamais ocorreu”. Segundo ele, “não faria o menor sentido o candidato de oposição tentar influenciar uma decisão de governo”. A assessoria do BNDES informou, por sua vez, que o banco tem interesse na apuração de quaisquer fatos irregulares.

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