Quinta, 11 de Fevereiro de 2021
“
Um dado básico que colocamos no livro, e que não teve alteração, é que 90% dos homicídios sequer têm autoria apurada. Eu detesto ficar repetindo esses números, quando escrevemos o livro, em 2018, era ainda pior, 70 mil homicídios contabilizados naquele ano, 60 mil desaparecidos, 50 mil estupros, 3 assaltos por minuto só nas capitais.
A situação é pavorosa e vai continuar pavorosa por muito tempo, o que não podemos é acostumar com isso, como algo dentro da normalidade”, ressaltou Pessi.
De acordo com os promotores, a narrativa que o bandido é uma vítima da circunstância, que é um coitadinho, não tem fundamento científico.
“Delinquir é uma escolha. Se não, não veríamos pessoas vivendo no mesmo ambiente fazendo escolhas diferentes. O criminoso avalia as circunstâncias, faz a relação custo/benefício do crime e decide o caminho que quer seguir”, comentou Érika.
E será que o crime compensa? De acordo com a promotora, a lei de execução penal prevê remição da pena: a cada 3 dias trabalhados, o preso ganha 1 dia de remição da pena.
“Se o preso trabalha, além da remição, ainda recebe salário mínimo na prisão. E também recebe benefícios de assistência para a família que ficou do lado de fora. Se o estado não der tudo isso, está errado. O cara já tem abatimento da pena, ele ainda tem que receber para trabalhar no lugar que dá a ele casa, comida? Ele só está ali porque delinquiu. Está errado! Ele tem que honrar de alguma forma o prejuízo que ele dá para a sociedade. A sociedade é punida duas vezes, além de ter sido punida pelo crime que o preso praticou, é punida pelo pagamento de imposto, porque uma parte vai para sustentar os presos”, completou Érika.
Confira:
Fonte: Jornal da Cidade Online
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