Quinta, 11 de Fevereiro de 2021
Na escola municipal “Carlos de Andrade Rizzini”, as mensagens “do bem” vêm do próprio diretor Paulo (cujo sobrenome não quis informar). Para manter os estudantes o mais longe possível do colégio, o diretor disparou mensagem no aplicativo, cujo grupo apenas o administrador pode encaminhar mensagens; amedrontando os pais sobre possível aumento no número de infecção e mortes após a volta às aulas.
“Olhem como nossos governantes pensam no retorno dos nossos alunos. Vejam o que teremos que notificar. Ou seja: já se sabe o que vai acontecer. Acredito que não ingressei no magistério para contar o número de alunos que vão morrer”, alarmou.
“O grupo de Whatsapp é da escola. Meu filho, por exemplo, tem acesso às mensagens, pois ele tem livre acesso ao meu celular. Agora, você imagina: eu e meu filho estamos passando por várias dificuldades psicológicas e financeiras, aí o meu filho lê uma mensagem dessas e as coisas, desde então, só pioraram”, lamentou.
Procurado pelo Jornal da Cidade Online, o diretor não negou que tenha encaminhado a mensagem. Mas, disse que “não era o momento para voltar às aulas”; porque, de acordo com ele, faltam as condições necessárias para garantir a segurança de todos.
“As crianças não respeitam todas as regras (de distanciamento), faltam funcionários de limpeza.. Que condição eu dou ao aluno para ele voltar às aulas?”, tentou justificar o teor da mensagem.
As escolas da capital paulista estão em fase amarela e seguindo os protocolos sanitários do estado foram autorizadas pela Justiça a retornar às aulas presenciais com até 70% do quantitativo.
Para o cumprimento das regras sanitárias de retomada das aulas, o governo de São Paulo garantiu ao TJ-SP que a secretaria de Educação conta com farto material de saúde, como máscaras, álcool gel e termômetros. Os itens serão distribuídos entre as unidades de ensino de todo o estado, para uso de alunos e funcionários.
Fonte: Jornal da Cidade Online
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