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domingo, 28 de julho de 2019

Hacker se vangloriou de invadir conta de Moro, diz colega preso à Polícia Federal

Domingo, 28 de Julho de 2019


Gustavo Henrique Elias Santos, 28, preso na última terça-feira (23), afirmou à Polícia Federal que seu colega Walter Delgatti Neto, 30, também preso, mandou-lhe uma mensagem se vangloriando de ter invadido a conta do aplicativo do Telegram do ministro Sergio Moro (Justiça).

Delgatti é apontado pela PF como líder do grupo que fez ataques hackers nos últimos meses, atingindo especialmente procuradores da Lava Jato.

O teor do depoimento de Gustavo foi revelado neste sábado (27) pelo site G1. Ele disse ainda que também teve sua conta invadida pelo amigo, que conhece há mais de dez anos.

Para a polícia, Delgatti confessou ter sido autor dos ataques.

Na quinta (25), a Folha revelou que ele afirmou na oitiva que encaminhou as mensagens ao jornalista Glenn Greenwald de forma anônima, voluntária e sem cobrança financeira.

No depoimento, Gustavo falou que, em um dia no mês de fevereiro, logo que acordou viu seu celular com diversas mensagens do Whatsapp e do Telegram, com códigos de acesso.

Em seguida, percebeu que não podia mais entrar em suas contas nos aplicativos e começou a desconfiar que poderia ter sido Delgatti, por ser uma pessoa que teria “audácia” para fazer realizar a invasão.
Segundo ele, Delgatti assumiu ter sido o autor e, dias depois, enviou uma reportagem de um veículo da imprensa para Gustavo que falava sobre a invasão ao celular de Moro, se “vangloriando”.
Gustavo ainda disse que recebeu uma chamada de FaceTime do amigo, que mostrou uma tela do computador com pastas de supostas vítimas dos ataques que tinha feito. Um dos ícones tinha justamente o nome do ministro da Justiça.

O juiz Vallisney de Oliveira, da 10a Vara Federal do Distrito Federal, afirmou em um despacho nesta sexta-feira (26) que há firmes indícios de que o grupo de hackers cometeu ao menos três crimes.

O magistrado aponta quadrilha, invasão e captura ilegal de dados —penas vão de 3 meses a 8 anos de prisão.

Quatro pessoas suspeitas de terem participado da invasão de celulares de autoridades foram presas de forma temporária na última terça (23) em uma operação da PF. A Justiça determinou a prorrogação da prisão, por mais 5 dias.

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