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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Se coronavírus se espalhar, não há sistema de saúde que dê conta, diz médica em quarentena

Quinta, 13 de Fevereiro de 2020


por Natália Cancian | Folhapress
Valdecir Galor/SMCS


Única infectologista na equipe médica que estava na operação de resgate de brasileiros em Wuhan, epicentro do novo coronavírus na China, coube à Ho Yeh Li orientar sobre medidas de proteção dentro do voo e explicar a oficiais chineses, em mandarim, que o embarque só ocorreria após avaliação médica. 

"Vamos fazer exames nem que seja no pé da escada do avião", disse ao oficial, que, após resistência, concordou com o pedido. Coordenadora da UTI de infectologia do Hospital das Clínicas da USP, Ho afirma que a medida de quarentena em Anápolis (GO) é suficiente para descartar o risco de uma infecção desse grupo.

Médica Ho Yeh Li, coordenadora da UTI de infectologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, foi a única infectologista a acompanhar a operação para trazer brasileiros que estavam em Wuhan. Nascida em Taiwan, veio ao Brasil com 10 anos e se naturalizou brasileira. É formada em medicina pela USP em 1997, com doutorado em doenças infecciosas e parasitárias pela mesma universidade. Segundo ela, embora a taxa de mortalidade até o momento seja de 2%, a rede de saúde não pode negligenciar o risco do novo coronavírus, uma vez que, por se tratar de vírus novo, pessoas estão suscetíveis. 

"Se o vírus se espalhar como na época do H1N1, não há sistema de saúde que atenda tantos doentes", afirma.

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