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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Total de devedores no Brasil bate recorde no mês de agosto

22de agosto de 2014

São Paulo (AE) - O aumento do endividamento das famílias e o descontrole ao assumir novas dívidas levaram o número de inadimplentes – ou seja, de consumidores com dívidas em atraso - a bater recorde em 2014, no país. Até agosto, 57 milhões de pessoas estavam nessa situação. No mesmo período de 2013, o número estava em 55 milhões e, em 2012 estava em 52 milhões, segundo levantamento inédito da Serasa Experian divulgado ontem.

Júnior Santos
 
O parcelamento de compras de produtos como carros é uma das razões para a alta da inadimplência
A instituição aponta outras duas causas para o acréscimo do número de inadimplentes: o parcelamento de compras com juros elevados (como de imóveis e carros) e altas taxas cobradas pelo uso do cheque especial e do rotativo do cartão de crédito. “As dívidas não bancárias, como carnês de lojas, e aquelas contraídas com bancos foram as principais responsáveis pela alta da inadimplência”, diz a nota.

O estudo revela também que 60% dos endividados têm contas atrasadas que superam toda a renda mensal. Outro dado aponta que 53% das pessoas com dívidas possuem até duas contas não pagas no prazo. De acordo com os especialistas da Serasa Experian, há um descontrole do consumidor ao assumir novos financiamentos, sem considerar as contas fixas mensais e outras dívidas já contraídas.

“O patamar da inadimplência poderia ser superior, mas a evolução da renda e o desemprego baixo estão atenuando o cenário. A atual situação é preocupante, pois revela que do total da população brasileira com 18 anos ou mais (144 milhões de pessoas), cerca de 40% está inadimplente. Mas não é alarmante, pois o volume de dívidas da maioria não é alta. A situação, no entanto, exige acompanhamento com atenção dobrada”, disse o superintendente de Informações sobre Consumidores da Serasa Experian, Vander Nagata.

Combate
Para ele, a tendência crônica ao descontrole deve ser combatida com educação financeira, transformando o conhecimento básico sobre educação financeira em comportamento consciente, evitando a compra por impulso ou para ostentação. “Esse é o desafio do brasileiro, que hoje gasta mais do que ganha e não poupa, apesar de ter consciência da importância dessas atitudes”, ressaltou.

Nagata destacou ainda que as empresas precisam se cercar de ferramentas que reduzam o risco no momento da concessão do crédito. “Ao credor faltam informações para uma avaliação mais precisa da real capacidade de pagamento, contemplando o nível de endividamento que o cliente já possui.

O crédito é um poderoso instrumento para o desenvolvimento econômico, mas se for pago. Se houver calote, é prejudicial”, explicou.

Os dados não mostram a realidade no Rio Grande do Norte nem nos demais estados.
 
Fonte: Tribuna do Norte

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