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sexta-feira, 10 de maio de 2019

Brasil ganha US$ 8,1 bilhões com guerra comercial entre China e EUA

Sexta, 10 de Maio de 2019


A disputa comercial entre China e Estados Unidos turbinou as exportações brasileiras para a China em US$ 8,1 bilhões, segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI). As vendas nacionais passaram de US$ 22,589 bilhões, em 2017, para US$ 30,706 bilhões, no ano passado. Por princípio, uma guerra comercial não é boa nem indicada para nenhum país no médio e longo prazo, mas no curto prazo, o Brasil tem sido beneficiado.

A CNI cruzou os dados dos 382 produtos americanos, que tiveram os impostos de importação elevados subitamente – mais de 100 deles viram a alíquota subir para 25% da noite para o dia – com a pauta de exportações do Brasil para a China. O maior salto em valor de exportação ocorreu com a soja. Produtores chineses compraram US$ 7 bilhões a mais no ano passado do que no ano anterior. O Brasil, por ser o maior exportador de soja do mundo, é naturalmente a primeira opção na falta de competitividade de outras economias.

O maior crescimento percentual foi no tabaco para fumar. As vendas subiram 521%. Seguido de fígados, ovas e gônadas masculinas com aumento de 421,6%. Os americanos perderam mercado para os brasileiros em produtos tradicionais como milho e lagostas congeladas, com aumento de exportações de 376,3% e 327,8% respectivamente.

“O principal impacto da guerra comercial foi com o aumento das exportações do Brasil para a China. Percebemos que a China fez um lista bem cirúrgica, atacando produtos americanos importantes. O caso da lagosta é icônico. O estado americano do Maine praticamente não exporta mais lagosta para os chineses. A penetração de produtos brasileiros para os Estados Unidos também aumentou de um ano para o outro, mas não percebemos relação direta com a disputa entre eles”, diz o gerente-executivo de Assuntos Internacionais da CNI, Diego Bonomo.

Com a guerra entre China e EUA, o Brasil conquistou outros mercados na China como de: carne bovina, pedaços e miudezes de galos e galinhas, algodão, sucos de laranja, caixas de marchas e suas partes para veículos e automotores, castanha do Pará e peixes ornamentais.

O levantamento da CNI também mostra desvio de mercado das exportações chinesas para o Brasil. As importações brasileiras da lista de produtos da China, que sofreram com aumento de alíquota do governo Trump, aumentaram 12% entre 2018 e 2017. Subiram de US$ 13,7 bilhões para US$ 15,4 bilhões. Entre eles, destacam-se: eletroeletrônicos, produtos químicos e plásticos.

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OPINIÃO DOS LEITORES:
  1. Nilvan Rodrigues da Silva
    Brasil exportou pra China o que gera graça na balança comercial Ceará mundão kbça de bagre.
    O livre comércio não é tão livre assim né?
    Bloqueio econômico tipo o que ocorre a Cuba e Venezuela atrapalha parceira e aumento de emprego e renda.
  2. Ceará mudinho
    Tem que deixar de fazer comércio com esses comunistas safados, petralhas da China
    • Moura
      Mimimi danado, a eleição foi ano passado! Agora só em 2022.
    • Curioso
      Dinheiro honesto é dinheiro honesto. Tal como o PT, os dirigentes chineses são todos milionários, enquanto o povo continua pobre.
    • Cleanto
      Acho que antes de lançar a crítica deveriam saber da história política da China.
      Durante séculos foi um país dominado por ditadores, o povo dominado, a iniciativa privada refém do governo, a indústria nas mãos do governo, o comércio vigiado pelo governo e nas mãos daqueles que eram a favor do governo.
      A China viu que entraria no rumo destrutivo dos demais países que não tinham comércio forte e indústria com exportação, fez o certo, reviu seus conceitos, começou a abrir seu mercado e gradativamente vem mudando sua atuação e chegando com força no mercado capitalista.
      Hoje tem muito chinês milionário com o comércio e a indústria, situação que até os anos 1990 era impossível por lá.

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