Quinta, 26 de junho de 2025
A revogação do decreto que aumentava o IOF gerou uma reação em cadeia dentro do governo federal. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou reuniões com sua equipe econômica e líderes políticos para esta quinta-feira (26/6), a fim de definir os próximos passos diante do impacto fiscal e político provocado pela decisão do Congresso. Entre as medidas estudadas estão bloqueios orçamentários, pressões sobre emendas parlamentares, judicialização no Supremo Tribunal Federal (STF) e até uma reforma ministerial.
A estimativa do governo é que a queda do IOF resulte num bloqueio de até R$ 12 bilhões no orçamento, o que travaria R$ 3 bilhões em emendas parlamentares. A estratégia do Planalto é mostrar aos congressistas que cortes na Esplanada dos Ministérios afetarão, inevitavelmente, a própria base parlamentar, já que 25% do impacto também recairá sobre o Congresso.
O reajuste do IOF, proposto no fim de maio, tinha como meta compensar a arrecadação necessária para atingir o equilíbrio fiscal de 2025, com uma expectativa de gerar mais de R$ 20 bilhões. Diante da reação negativa do Legislativo, o Executivo recuou e reduziu a alíquota. Ainda assim, foi surpreendido pela votação acelerada no Congresso, que culminou na revogação do decreto. Um derrota acachapante.
O governo Lula se vê num cruzamento crítico entre manter sua política fiscal e garantir governabilidade num Congresso cada vez mais hostil e imprevisível.
Fonte: Jornal da Cidade Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário