Domingo, 31 de maio de 2025
Dados recentes da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU) revelam que 20% dos condutores de motocicletas abordados nas blitzes deste mês de maio circulavam sem habilitação ou com documentação irregular, o que não só representa risco nas vias, como também gera um impacto direto e crescente sobre os serviços hospitalares da capital e do Rio Grande do Norte.
De acordo com Newton Filho, secretário adjunto de trânsito de Natal, nas fiscalizações realizadas em abril, 30% dos condutores abordados, ou seja, 297 motociclistas, apresentavam algum tipo de irregularidade, seja na documentação pessoal ou do veículo. Em maio, esse percentual caiu para 20%, com 198 registros, indicando que muitos motoristas correram para se regularizar após o aumento da fiscalização. Em cada mês, aproximadamente mil condutores passaram pelas fiscalizações. “É natural que, quando você aumenta a fiscalização, as pessoas busquem se regularizar. Isso mostra que a ação tem efeito positivo”, afirma o secretário.
O trabalho é uma força-tarefa que reúne a STTU, Detran/RN, CPRE e Polícia Rodoviária Federal (PRF), sob a recomendação do Ministério Público Estadual. O objetivo é reduzir os acidentes e aumentar a regularização dos condutores.
Números acendem alerta
Os dados da Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal mostram que a região sul da cidade apresenta o maior número de sinistros, com a BR-101 liderando a série histórica. Em 2024, foram 103 acidentes com moto só no trecho da rodovia federal dentro da capital. A gravidade dos acidentes também vem aumentando, de acordo com os dados da STTU. Em 2021, foram 1.139 sinistros com moto e vítimas lesionadas. Em 2022, o número aumentou para 1.253 e, em 2024, chegou a 1.472. As estatísticas indicam ainda que os homens representam a maioria dos indivíduos lesionados em sinistros com motocicletas na cidade. O bairro de Lagoa Nova lidera o ranking entre as regiões da cidade com maior sinistralidade. Enquanto a sexta-feira aparece como o dia com maior número de sinistros, é a quarta-feira o dia em que os acidentes registram mais vítimas com lesões.
Segundo dados divulgados pelo Detran/RN em fevereiro, o Rio Grande do Norte contabiliza hoje mais motocicletas do que automóveis. Em números absolutos, a frota de motocicletas, motonetas e ciclomotores do estado conta com 680.948 veículos, enquanto a quantidade de automóveis cadastrados no sistema do Detran é de 668.460 veículos, ou seja, são 12.488 motocicletas, motonetas e ciclomotores a mais do que automóveis no Rio Grande do Norte. Na capital, esse equilíbrio ainda não se inverteu. Os automóveis representam 51,39% da frota, enquanto motocicletas, motonetas e ciclomotores correspondem a 28,30%.
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