Sexta, 18 de julho de 2025
A tensão explodiu por volta das 2h30, quando Kim ironizou o cocar utilizado por Célia, referindo-se a ela como um "cosplay de pavão". A deputada, visivelmente indignada, pediu direito de resposta e, ao final de sua fala, a situação saiu do controle. O tumulto no plenário só cessou com a chegada da Polícia Legislativa.
O embate foi o clímax de uma noite tensa para a bancada de oposição. Com ampla vantagem, a base governista e os partidos ligados ao agronegócio aprovaram o texto das novas regras de licenciamento ambiental, contrariando os apelos dos ambientalistas e dos parlamentares indígenas.
Durante as discussões, Kim Kataguiri insinuou que lideranças indígenas haviam recebido “picapes e dinheiro” como contrapartida para a construção da Usina de Belo Monte, provocando forte reação de Célia Xakriabá. Em sua resposta, a deputada o chamou de "deputado reborn" e o acusou de não conhecer a realidade brasileira por “ser estrangeiro”.
A troca de provocações continuou quando Kim voltou ao microfone e justificou sua comparação ao dizer que o pavão é uma ave de origem asiática, como ele, e que seu comentário não tinha relação com cultura indígena.
“Tem gente que parece que gosta de fazer cosplay [de pavão]”, disparou.
Rodolfo Nogueira (PL-MS) também se envolveu indiretamente ao utilizar o termo “pavão misterioso” em referência ao adereço tradicional de Célia. Em seguida, ironizou os critérios do licenciamento ambiental, afirmando que “até para abater um animal é preciso licença”.
No auge do tumulto, Célia continuou falando mesmo após o fim de seu tempo de pronunciamento e foi ignorada pelo presidente da sessão, Hugo Motta (Republicanos-PB), que tentou seguir com os trabalhos como se nada estivesse ocorrendo. A deputada então se dirigiu a Kim Kataguiri, e os dois iniciaram um confronto verbal cara a cara.
Com a situação fora de controle, Motta acionou a Polícia Legislativa. A confusão cessou momentaneamente após a intervenção dos agentes.
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