Sexta, 18 de julho de 2025
Chiquini classificou a conduta do ministro como "inacreditável" e alegou violação das prerrogativas profissionais da advocacia.
“Passou da hora da OAB nacional sair em defesa oficialmente. O que vivemos hoje na audiência do núcleo 2 foi algo inacreditável”, escreveu o advogado em suas redes sociais.
O embate teve início quando o advogado insistiu em questionamentos sobre supostas informações recebidas pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) às vésperas dos atos do dia 8 de janeiro. O ministro Moraes afirmou que o general Gonçalves Dias, então chefe do GSI, já havia respondido à questão. Diante da insistência, o magistrado ordenou o desligamento do microfone de Chiquini.
Ao perceber que estava sendo impedido de continuar, o advogado indagou:
“O senhor cassou a minha palavra?”, ao que Moraes respondeu de forma direta: “Cassei a palavra”, e passou a condução da audiência ao defensor de outro réu.
O episódio desta quarta não foi o primeiro entre Moraes e Chiquini. Na segunda-feira (14), o ministro já havia advertido o advogado em tom ríspido:
“Doutor, enquanto eu falo o senhor fica quieto”, após desentendimento sobre insinuações feitas pelo defensor a respeito do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
Na ocasião, Chiquini sugeriu que Tarcísio poderia ter participado de uma reunião no Palácio da Alvorada, em 2022, onde teria sido discutida uma minuta golpista. Moraes considerou a afirmação uma insinuação grave e afirmou que já havia oficiado o governador para prestar esclarecimentos sobre o episódio.
O advogado agora pretende formalizar denúncia junto à OAB alegando "violação de garantias constitucionais dos investigados e prerrogativas dos advogados".
Fonte: Jornal da Cidade Online
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