EUA enviam 10 caças para operações perto da Venezuela

Sábado, 06 de setembro de 2025

Os Estados Unidos decidiram enviar dez caças F-35 para um aeródromo em Porto Rico, com a missão de intensificar operações contra cartéis de drogas atuantes na região caribenha. A movimentação, confirmada por fontes sob anonimato, amplia ainda mais a presença militar americana próxima à Venezuela e promete elevar a tensão diplomática no continente.

O deslocamento dos jatos ocorre poucos dias após uma ação das forças dos EUA que resultou no ataque a uma embarcação acusada de transportar “quantidades massivas de drogas” a partir da Venezuela. O episódio, que deixou 11 mortos, foi citado pelo presidente Donald Trump como marco inicial de uma ofensiva militar prolongada contra o narcotráfico na América Latina.

De acordo com fontes militares, os F-35 foram destacados especificamente para enfrentar organizações classificadas por Washington como “narcoterroristas”. A chegada das aeronaves ao Caribe está prevista para a próxima semana.

A movimentação aérea soma-se ao envio recente de sete navios de guerra e de um submarino de ataque nuclear para o sul do Caribe, totalizando mais de 4.500 marinheiros e fuzileiros navais. A 22ª Unidade Expedicionária de Fuzileiros Navais já realiza exercícios em terra e ar no sul de Porto Rico, reforçando a prontidão das tropas americanas na região.

A escalada pressiona diretamente o governo de Nicolás Maduro, a quem o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, qualificou como “praticamente o capo de um narcoestado”. Em resposta, Maduro declarou em Caracas que Washington busca “uma mudança de regime por meio da ameaça militar”.

Apesar da ofensiva, autoridades americanas ainda não esclareceram a base legal para o ataque ao barco venezuelano, tampouco especificaram quais drogas estariam sendo transportadas. Trump afirmou que os tripulantes eram ligados à gangue Tren de Aragua, classificada por Washington como grupo terrorista.

O secretário de Estado, Marco Rubio, reforçou as críticas durante visita ao Equador, chamando Maduro de “fugitivo da justiça americana” e “narcoterrorista”. Rubio destacou ainda que o líder venezuelano “não é um chefe de Estado legítimo”, recordando que um júri em Nova York o indiciou por crimes de narcotráfico e terrorismo.

“É uma organização terrorista de crime organizado que se apoderou de um território nacional”, declarou Rubio, reforçando a linha dura de Washington contra o regime chavista.

Fonte: Jornal da Cidade Online