Sexta, 05 de setembro de 2025
A distribuidora acumula 26 contratos ativos com entidades públicas que somam R$ 424 milhões, conforme revelam documentos da investigação. Esses acordos comerciais envolvem prefeituras, estatais e forças de segurança, com períodos de vigência entre um e cinco anos.
O proprietário da Rede Sol, Valdemar de Bortoli Júnior, está sendo investigado em uma operação conjunta do Ministério Público de São Paulo, Polícia Federal e Receita Federal. Os investigadores o descrevem como "pessoa de sólidos vínculos com diversas entidades e indivíduos envolvidos nas fraudes e lavagem de capitais".
Entre os principais contratos da distribuidora está o fornecimento de querosene para o Comando da Aeronáutica, no valor de R$ 154 milhões. A empresa também mantém um acordo com a PM do Rio para abastecimento com gasolina comum, avaliado em R$ 148 milhões.
A Presidência da República contratou a Rede Sol por R$ 3,1 milhões para abastecer veículos oficiais e residências presidenciais. O Ministério da Fazenda firmou contrato de R$ 1,31 milhão para fornecimento de combustível, enquanto o Ministério da Saúde possui um acordo de R$ 330 mil para fornecimento de óleo diesel.
A Operação Carbono Oculto investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro e fraudes no setor de combustíveis. Segundo as autoridades, a Rede Sol teria sido comprada pelo fundo Mabruk II por R$ 30 milhões, informação que a empresa nega. Este fundo está sendo investigado como possível financiador das aquisições do PCC no mercado de combustíveis.
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