Domingo, 31 de agosto de 2025
A negociação dará à MMG o controle de mais de 50% do mercado brasileiro de níquel, praticamente 100% da produção nacional de ferro-níquel e aproximadamente 60% do mercado global destes minerais, segundo análises do setor.
O níquel é considerado mineral fundamental para o desenvolvimento econômico, sendo componente essencial na fabricação de baterias, veículos elétricos e aço inoxidável. A concentração deste recurso sob controle estrangeiro pode impactar a autonomia brasileira em um setor importante para a transição energética.
A China tem ampliado sua presença no controle de cadeias globais de fornecimento de minerais críticos em diversos países. Esta estratégia segue uma lógica econômica e geopolítica, permitindo influenciar preços e condições comerciais no mercado internacional.
O Instituto Americano do Ferro e do Aço tem manifestado preocupação com a situação e busca pressionar diplomaticamente contra o acordo. A entidade identifica uma tendência de expansão chinesa no controle de minerais críticos globalmente. A China domina o refino de minerais como níquel, cobalto e terras raras, mas depende de fontes externas para abastecer suas operações.
A preservação da soberania nacional inclui a capacidade de gestão autônoma dos recursos naturais. A venda das minas de níquel evidencia a discussão sobre a necessidade de instrumentos institucionais para proteger setores estratégicos da economia brasileira.
O PL 1051/25 busca garantir que decisões sobre recursos estratégicos sejam orientadas por interesses nacionais de longo prazo, não apenas por considerações financeiras imediatas. O debate sobre o controle de recursos minerais estratégicos permanece relevante para as discussões sobre desenvolvimento econômico no Brasil.
Fonte: Jornal da Cidade Online
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