Sábado, 05 de julho de 2025
Um funcionário da empresa C&M Software, responsável por serviços de conexão entre instituições financeiras, foi preso pela Polícia Civil de São Paulo na noite de quinta-feira (3/7), acusado de envolvimento em um ataque hacker que teria causado prejuízos bilionários. A investigação está sendo conduzida pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), com um segundo inquérito correndo em paralelo na Polícia Federal.
João Nazareno Roque, empregado da C&M, admitiu ter permitido o acesso dos invasores ao sistema confidencial da empresa por meio de seu computador pessoal. A ação criminosa, registrada na terça-feira (1º/7), expôs vulnerabilidades graves na estrutura de segurança das companhias responsáveis pela mensageria do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), que inclui o Pix. O rombo financeiro pode atingir a marca de R$ 3 bilhões, conforme estimativas preliminares.
Informações iniciais apontam que, durante a invasão, os hackers conseguiram desviar pelo menos R$ 400 milhões, acessando contas de diversas instituições financeiras, entre elas a BMP — empresa que presta serviços bancários digitais.
Em nota, a C&M reconheceu ter sido alvo direto do ataque e garantiu que seus sistemas críticos continuam operando normalmente. A companhia declarou ainda estar colaborando ativamente com as autoridades competentes, incluindo o Banco Central e a Polícia Civil paulista.
Como medida emergencial, o Banco Central suspendeu as conexões da C&M com as instituições financeiras afetadas. Já a BMP assegurou que a violação atingiu exclusivamente sua conta de reserva junto ao BC e reiterou que nenhum de seus clientes sofreu prejuízos.
Fonte: Jornal da Cidade Online
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