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sábado, 5 de julho de 2025

Mulher é internada para laqueadura e acorda da anestesia sem perna e com transplante de coração

Sábado, 05 de julho de 2025


Porém, essa cirurgia sem grandes complicações se tornou um filme de terror na vida de Alison Calfunao.

Isso porque, ao acordar da anestesia, ela descobriu que teve uma perna amputada e não havia sido realizada a laqueadura, mas sim, um transplante de coração.

O caso aconteceu no dia 9 de junho deste ano, e foi divulgado pelo Clarín nesta quinta-feira (3).

A família de Alison tem reunido esforços para descobrir o que aconteceu durante a cirurgia. Nos últimos dias, a Justiça foi acionada e uma denúncia foi apresentada à Promotoria de Crimes Contra a Pessoa de Neuquén.

Calfunao é mãe de duas crianças, uma de 3 anos e outra de 7 anos e decidiu se internar em uma clínica particular local para a chamada ligadura de trompas. No lugar, sofreu duas paradas cardíacas, que causaram insuficiência cardíaca e resultaram na necessidade urgente de um transplante.

Alison teve que ser transferida às pressas para uma clínica mais complexa para que os socorros pudessem continuar. Durante a transferência, ela já estava em um estágio de "suporte básico de vida". Nesse processo, ela desenvolveu um coágulo sanguíneo e uma infecção em um dos pés, o que exigiu a amputação do membro. Para ser incluída na lista nacional de emergência, ela teve que ser amputada acima do joelho.

A argentina, então, foi transferida para o Hospital Italiano de Buenos Aires, onde recebeu um novo coração no dia 17 de junho. Lá, também deu início a uma lenta recuperação, tanto física quanto psicológica.

Nas redes sociais, a mãe de Alison, Carina Calfunao, lamentou a sucessão de tragédias que aconteceram com a filha.

"Meu nome é Carina e hoje quero compartilhar uma história que nunca pensei que teria que contar", escreveu em uma publicação na qual começou a narrar toda a história da filha.

Segundo o relato da mãe, os familiares de Alison pediram explicações aos médicos sobre o procedimento que quase tirou a vida da mulher, mas não houve resposta até o momento. 

"Não recebemos uma única palavra da Clínica San Lucas. Nenhuma ligação. Nenhum pedido de desculpas. Nenhuma explicação. Nenhuma solidariedade. Nenhuma responsabilidade. Nada. O silêncio dói tanto quanto a ferida. Naquele dia, minha filha morreu. Ela morreu naquela sala de cirurgia. Seu coração foi despedaçado, sua perna foi amputada, seu corpo e sua vida mudaram para sempre", lamentou.


Fonte: Jornal da Cidade Online 

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