Sexta, 06 de junho de 2025
Segundo a sentença, Lins fez piadas envolvendo negros, indígenas e judeus, com conteúdos que a magistrada Bárbara de Lima Iseppi classificou como ofensivos e discriminatórios. Entre os exemplos citados no processo estão afirmações como:
“Coisa terrível é usar o negro como escravo, graças a Deus isso acabou e agora usam os bolivianos.”
“Se o dia da consciência negra é feriado pelos negros, quarta-feira de cinzas devia ser judeu.”
“O preconceito, para mim, é uma coisa primitiva que não devia mais existir. Que nem o índio. Chega! Não precisa mais.”
“O uísque para mim tem que ser igual à mulher. Puro e com 12 anos.”
“Sou totalmente contra a pedofilia, sou mais a favor do incesto, se for abusar de uma criança, abusa do seu filho, ele vai fazer o quê? Contar para o pai?”
“Uma vez eu vi uma enquete na internet escritas assim: ‘O que vocês falam quando terminam de transar?’ Aí eu fui lá e escrevi: Não conta para sua mãe que eu te dou uma boneca. Me xingaram muito… esse dia eu fiquei mal. Eu só fiquei melhor no dia seguinte, quando eu fui no parquinho olhar as crianças.”
Na decisão, a juíza argumentou que "o humor não pode ser usado como passe-livre para cometer crimes" e reforçou que as declarações atingiram diretamente grupos vulneráveis da sociedade, extrapolando o aceitável sob a ótica legal.
Além da pena de prisão, o humorista também foi sentenciado ao pagamento de uma multa de R$ 1,4 milhão e a uma indenização no valor de R$ 303,6 mil, referentes a danos morais coletivos. A defesa ainda poderá recorrer da decisão.
Fonte: Jornal da Cidade Online
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