martins em pauta

quinta-feira, 24 de julho de 2025

A operação da PF que atingiu em cheio parentes do líder do Centrão na Câmara

 Quinta, 24 de julho de 2025




Nesta nova fase, a Justiça ordenou o bloqueio de R$ 85,7 milhões em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas ligadas ao caso, além de determinar o afastamento temporário de um servidor público. Os agentes cumpriram 18 mandados de busca e apreensão em diversas cidades: Salvador, Campo Formoso, Senhor do Bonfim, Petrolina, Mata de São João e Brasília.

O foco principal da operação está em Campo Formoso, município baiano governado por Elmo Aluízio Vieira do Nascimento, irmão do deputado federal Elmar Nascimento (União-BA), líder do centrão na Câmara dos Deputados. Embora Elmar não tenha sido formalmente investigado nesta fase, três de seus parentes aparecem entre os alvos da investigação.

Um dos nomes centrais é o do prefeito Elmo Nascimento, acusado de autorizar pagamentos vultosos a empresas suspeitas de participarem de fraudes em processos licitatórios. Outro envolvido é Amaury Albuquerque Nascimento, primo do parlamentar e ex-assessor de seu gabinete, que teria atuado como elo entre o poder público e os beneficiários do esquema. Amaury foi exonerado logo após ser citado nas apurações.

Também retorna ao foco das investigações Francisco Nascimento, ex-vereador de Campo Formoso e primo do deputado, já conhecido por ter lançado dinheiro pela janela durante uma operação da PF no ano passado. Segundo os investigadores, ele seria responsável por viabilizar contratos irregulares entre a prefeitura e empresas envolvidas nas fraudes.

Até o momento, a PF já mapeou contratos suspeitos que somam mais de R$ 1,4 bilhão, o que, segundo os investigadores, caracteriza a existência de uma organização criminosa altamente estruturada. Os crimes sob apuração abrangem corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitação, obstrução de investigações e lavagem de capitais.

Por envolver autoridades com foro privilegiado, como o deputado Elmar Nascimento, o processo foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Todos os citados na investigação negam participação em atos ilícitos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Contato : (84) 9 9151-0643

Contato : (84) 9 9151-0643