Sexta, 05 de dezembro de 2025
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Eduardo talvez jamais volte a ver o pai - fruto de uma perseguição cristalina, imoral, articulada e perfeitamente alinhada aos pares que ocupam a cúpula do poder no país.
O pequeno Jair Henrique - que carrega o nome do avô como homenagem - corre o risco de crescer sem conhecer aquele que deveria ser sua referência, seu pilar, sua história viva.
Para completar o quadro de abusos, a esposa do meu irmão tem suas contas bloqueadas sem jamais ter sido investigada - como se a punição antecedesse a verdade, como se a culpa pudesse ser decretada antes de qualquer prova, apenas para ferir, humilhar e quebrar.
E, entre tantas crueldades, impedem-me até de ver meu pai no dia do meu aniversário, agora no próximo dia 7.
Enquanto isso, minha irmã Laura é obrigada a encarar o pai por trás das grades, pagando por crimes que não cometeu - uma dor que nenhuma filha deveria carregar.
Ninguém sabe o que passa na cabeça do velho enquanto enfrenta, dia após dia, torturas silenciosas, psicológicas e morais que seriam capazes de dobrar qualquer ser humano.
Não é possível que tanta maldade, tanta injustiça e tanta perversidade se prolonguem - e que a história aceite ser escrita assim, como se fosse normal, como se não estivéssemos destruindo vidas, memórias e futuros.”
Fonte: Jornal da Cidade Online
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