Quinta, 18 de Agosto de 2022
Sueli Pini é amapaense, juíza concursada há 31 anos e é a primeira mulher a presidir o Tribunal de Justiça do Amapá.
Ela condenou corruptos e foi premiada inúmeras vezes pelos relevantes serviços prestados à magistratura, especialmente no acesso à justiça a quem nunca teve através da Justiça itinerante – nos rincões do estado mais esquecido da federação, o Amapá.
Ela encara, agora, o grande desafio de ser candidata ao Senado pelo PRTB.
Em recente entrevista ao jornalista Alfredo Bessow, Sueli soltou o verbo.
Questionada se abriria mão do salário de senadora, Sueli Pini respondeu:
"Eu sempre tive comigo que cargo político não deveria ser remunerado ou é uma postura cívica/patriótica, de verdadeiro compromisso da pessoa que quer ocupar uma função política. Não pode ser emprego."
Ainda falando sobre a política do Amapá, ela continuou:
"Para você ter uma ideia, nós temos três quatro famílias que dominam o estado desde sempre. O estado do Amapá é jovem, tem 34 anos apenas. Foi criado em 1988, então as oligarquias tornaram a política um projeto familiar então é a esposa, é o filho, o cunhado etc.
Nós já estamos aqui na terceira geração de políticos de uma mesma família e o pior de tudo, estão ‘fazendo escola’ porque os outros que começam fazendo a mesma coisa. Nós temos candidatos que entendem que por ser esposo ou esposa do prefeito, filho do deputado, filha do governador, eles tem a direito hereditário a altos cargos políticos."
Sobre o presidente Jair Bolsonaro, a magistrada disse:
"...‘Nosso Bolsonaro’, a quem a gente apoia, o presidente é um milagre. Eu falo que a eleição do Bolsonaro em 2018 ela já é um milagre por si. É um milagre de ter sobrevivido (já sofreu um atentado antes mesmo de se eleger) porque ele tá lutando contra um sistema que quer a todo custo arrancá-lo de lá.
Na verdade, eles querem ter acesso ao cofre novamente. Não é o poder só, eles querem acesso ao cofre da União novamente."
Mostrando conhecimento sobre sua terra natal, Sueli apresentou dados assustadores sobre o longínquo Amapá que tem o maior índice de homicídio por 100 mil habitantes.
Assista a entrevista:
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