Domingo, 19 de Agosto de 2018
por Camila Mattoso | Folhapress

Foto: Lula Marques / AGPT
O Ministério Público Federal ajuizou ação civil pública de improbidade administrativa contra o ex-procurador Marcello Miller, a J&F, quatro delatores e duas advogadas envolvidos na colaboração premiada dos empresários do grupo.
A Procuradoria quer que eles indenizem os cofres públicos em R$ 7 milhões.
O procurador Frederico Paiva, da Procuradoria do Distrito Federal, pede que sejam condenados, além do ex-procurador: a J&F, os irmãos Joesley e Wesley Batista, o executivo Ricardo Saud, o advogado Francisco de Assis e Silva, as advogadas Fernanda Tórtima e Esther Flesch.
O autor da ação requer também que todos sejam proibidos de firmar contrato com o poder público e de receber benefícios e incentivos fiscais, além de ter os direitos políticos suspensos por dez anos.
Caberá à Justiça decidir se receberá a ação.
O pedido de reparação de valores, segundo Paiva escreve na peça de acusação, se dá porque "o desvalor moral" causado pelas práticas ilícitas dos citados incidiram "de forma lesiva na imagem e na credibilidade do Ministério Público", sendo "inegável" o prejuízo acarretado.
Os casos são relativos ao acordo de delação premiada da JBS, que se tornou público em maio de 2017.
A colaboração, que implicou diretamente o presidente Michel Temer e provocou a mais grave crise política do governo, deu inicialmente imunidade para sete executivos, entre eles os irmãos Joesley e Wesley.
A reportagem procurou os citados pelo Ministério Pùblico Federal, mas não teve resposta. A advogada Fernanda Tórtima disse que "não tomou conhecimento do conteúdo da ação mas reafirma a lisura e legalidade de todos os seus atos com relação ao caso em questão".
A J&F afirmou à reportagem que não vai se pronunciar a respeito.
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