
Por: Gutemberg Moura
Aliança perdurou por mais de 12 anos, e foi decisiva para vitórias de Rosalba ao Senado e, mais tarde, ao Governo do RN
Agora é definitivo. O grupo político liderado em Mossoró pela ex-prefeita Fafá Rosado e pelo atual deputado estadual Leonardo Nogueira (DEM) formaliza publicamente seu afastamento político da Governadora Rosalba Ciarlini, com a qual se aliara havia 12 anos.
Desde que assumiu o Governo do Estado em 2011, com o apoio do grupo de Fafá, à época prefeita de Mossoró, que Rosalba trata os então aliados políticos a pão e água. Enquanto permaneceu na Prefeitura de Mossoró, Fafá foi “ignorada” pela Governadora.
Nenhuma obra foi realizada pela Prefeitura em parceria com a gestão de Rosalba, diferente do que aconteceu na gestão da antecessora, Wilma de Faria, do PSB, que, mesmo opositora de Fafá Rosado, fez parceria com a Municipalidade para a construção de obras na Cidade.
Na prática, Fafá foi tratada a “pão e água” por Rosalba. Para o deputado Leonardo Nogueira, não houve “receptividade” da governadora ao grupo de Fafá. E não para por aí: até o senador José Agripino, presidente estadual do DEM, tem sido ignorado por Rosalba.
Em conversa com Leonardo, Agripino confessou não já ter projeto algum com Rosalba e Carlos (Carlos Augusto, marido da governadora e chefe da Casa Civil). Na prática, foi a governadora Rosalba quem “construiu” o processo de afastamento do grupo fafazista.
Na última terça-feira, Rosalba esteve em Mossoró para o lançamento do Programa RN Sustentável, e mesmo Leonardo sendo do seu partido, o DEM, sequer o convidou para a solenidade, além do que também tinha projetos importantes para votar na Assembleia.
Novo rumo – “Descartada” por Rosalba, depois de apoiá-la intensamente nas eleições ao Senado Federal e, depois, ao Governo do Estado, Fafá Rosado, naturalmente, procurou um novo rumo político, migrando para o PMDB, partido ao qual fora filiada anteriormente.
O gesto de Fafá desagradou ao rosalbismo. O grupo até desejava o apoio da ex-prefeita, porém a custo “zero”, sem contrapartida político-eleitoral alguma. Assim, Fafá seguiria no DEM, apoiaria Rosalba numa busca pela reeleição, mas não concorreria à Câmara Federal.
A ex-prefeita percebeu a manobra e viu que, se permanecesse no DEM, seria asfixiada pelo rosalbismo. Foi para o PMDB, se fortaleceu, enquanto a governadora está mergulhada num profundo mar de incertezas, perdendo aliados importantes, como Leonardo e Fafá Rosado.
Fonte: www.gutembergmoura.com.br / Carlos Skarlack
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