Domingo, 29 de Março de 2020
Foto: Divulgação
O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) tomou a decisão liminar para retorno do doleiro Dario Messer à prisão. O Ministério Público Federal (MPF) pediu o mandado de segurança sendo contra a prisão domiciliar do “doleiro dos doleiros” que foi determinada na última quinta-feira (26).
Messer estava em custódia no Complexo Penitenciário de Bangu 8, no Rio de Janeiro, acusado de subterfúgio de dívidas e lavagem de dinheiro.
A prisão domiciliar foi concedida esta semana devido a questão de saúde pública atual no país com a pandemia do coronavírus. Porém, a liberação de Messer teve pedido de reavaliação pelo MPF e o desembargador federal Abel Gomes considerou a possibilidade de fuga do acusado, decretando, então, sua volta para a penitenciária.
De acordo com o magistrado ele ressalta que Messer pode ficar foragido se permitida a prisão domiciliar. “(...) quanto ao perigo, quase certeza de fuga, fala o fato de Dario Messer possuir cidadania paraguaia, onde também logrou manter-se foragido por considerável período, sendo certo que não há ainda notícia de endereço fixo no Brasil”, pontuou desembargador.
Abel Gomes ainda aponta que não há dúvidas para autorização de prisão preventiva do doleiro e que os documentos apresentados pelo MPF mostram que não há superlotação na penitência de Bangu 8. Sendo assim, ele defende que é manter Messer em isolamento interno através de resolução com participação das Secretarias de Saúde e do Sistema Penitenciário do Estado do Rio.
Em maio de 2018 a prisão do doleiro foi decretada após investigação da Operação Câmbio, Desligo, desdobramento da Lava Jato. Entretanto, o doleiro só foi encontrado em julho de 2019, permanecendo foragido por mais de um ano. Ele também é incriminado por lavagem de dinheiro pela Operação Patrón.
A medida da prisão domiciliar tinha sido concedida esta semana pela 7ª Vara FEderal Criminal do Rio de Janeiro considerando que Messer faz parte do grupo de risco para a Covid-19.
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