Segunda, 17 de Abril de 2017

Foto: José Cruz / Agência Brasil
Com autorização de Marcelo Odebrecht, o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, teria solicitado um pagamento de R$ 24 milhões à empreiteira, em 2014. O fato foi delatado pelo ex-executivo da Odebrecht, Hilberto Mascarenhas, em depoimento à Força-Tarefa da Lava Jato. De acordo com Mascarenhas, no entanto, o depósito só seria liberado se a então presidente da Odebrecht, Graça Foster, atuasse para favorecer a empresa em um problema com uma obra, chamada de "PAC SMS". Segundo informações de O Globo, para provar a veracidade de seu depoimento, Mascarenhas apresentou uma troca de e-mails em que Marcelo confirma os "primeiros pagamentos já aprovados, a serem liberados da conta 'Pós Itália’ para AA'". Na planilha da empreiteira, "Pós-Itália" é o codinome usado para Mantega. No e-mail, estão copiados os executivos Benedicto Junior, Alexandrino Alencar, Marcio Faria e o próprio Mascarenhas. Em outro trecho do e-mail, Marcelo disse: "Mas o demais continuam seguros até a solução tema MGF. Assim mostro boa vontade, mas o grande pacote continua preso até MGF sair em nossa defesa e de Marco". Para Mascarenhas, MGF seria Maria das Graças Foster. Marco seria um executivo da empresa, responsável pela obra em questão. "Surgiu algum problema e ele foi processado. A empresa convenceu Graça Foster de que não era correto [processo contra o funcionário] e que ela tinha que tomar uma atitude para desfazer", esclareceu Mascarenhas. O delator, no entanto, não soube informar o sobrenome do tal executivo. "A forma que o Marcelo achou foi bloquear os R$ 24 milhões solicitados pelo ministro das finanças Guido Mantega", apontou.
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